Embora com imenso potencial de crescimento, nossa economia se torna menos autônoma e menos capaz de inovar. Exemplo: enquanto os EUA registraram quase 45 mil patentes em 2010, o Brasil registrou só 442 (dados da OMPI).
Uma das causas desse problema está na educação básica: a qualidade do ensino de matemática, ciências, física, química. Poucos alunos ingressam nos cursos de Engenharia porque a escola não desperta as aptidões e competências necessárias. E poucos conseguem se formar, porque falta base para acompanhar os cursos.
Não se trata de ter mais aulas de matemática, física e química na escola, mas sim de mudar o ensino da matemática e das ciências, ainda baseado na transmissão de informações e muito distante da vida. É preciso levar o aluno a realizar experiências concretas, pelas quais o conhecimento faça sentido.
A atitude de pesquisa, o raciocínio e o potencial criativo também podem ser estimulados em sala de aula.
Para isso, claro, é necessário que haja uma formação adequada dos professores – calcanhar de Aquiles do nosso sistema educacional.
Andrea Cecilia Ramal
Presidente da AaA-PUC-Rio
Edição 252