O banqueiro do governo
07/04/2022 17:10
Rafael Serfaty

Diretora de Assuntos Internacionais e Riscos Corporativos do Banco Central, Fernanda Guardado explica a importância da instituição para economia

Diretora de Assuntos Internacionais e Riscos Corporativos do Banco Central, Fernanda Guardado foi a convidada da Aula Inaugural do Departamento de Economia, ministrada no dia 25 de março, realizada presencialmente e transmitida pela plataforma Zoom. Durante a palestra, ela apontou como o Banco Central é uma das pautas de economia mais veiculadas na imprensa.

"O papel do Banco Central do Brasil na Economia" foi o tema da palestra. Doutora em Economia pela PUC-Rio, Fernanda afirmou que o BC é a instituição de um país que tem a função de regular o volume de dinheiro e de crédito da economia. Segundo ela, essa atribuição dos bancos centrais geralmente está associada ao poder de compra da moeda nacional (inflação). No Brasil, o BC foi criado em 1964, com a promulgação da Lei nº 4595, e Fernanda definiu a instituição como o “banqueiro do governo”.

– Ele tem como missão institucional garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade. Possui o polo de emissão da moeda, é executor da política cambial e monetária, além de guardião das reservas internacionais. É o banco dos bancos, o ente que vai garantir que as reservas estão fluindo corretamente de um banco para outro.

Em 2021, a Lei Complementar 179/2021 estabeleceu a autonomia do Banco Central. Fernanda disse que a autonomia de um Banco Central está associada a níveis mais baixos e menor volatilidade da inflação, sem prejudicar o crescimento econômico.

– Ter um Banco Central independente não só leva a uma inflação mais baixa como leva a uma maior credibilidade da política monetária. Isto é um ganho para o país, porque o custo de se controlar processos inflacionários também é menor. O presidente e os diretores do Banco Central só podem ser demitidos pelo Senado Federal, e precisa ter uma razão muito forte para isto. É melhor que seja assim, porque nossas decisões se tornam mais críveis e mais potentes.

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