Desafio do ovo une criatividade e diversão
19/11/2008 22:22
Carol Jardim / Fotos: Ludmila Zorzi

Red Bull traz competição ao campus da PUC

Um guindaste no estacionamento levantou as equipes a 15m do chão
Deixar um ovo cair da altura de 15m, fazer com que ele aterrisse no alvo sem quebrar, com um projeto criativo e que, de preferência, faça com que o ovo encoste no chão. Tantas regras não impediram que estudantes universitários alcançassem a façanha. A Red Bull Gravity Challenge esteve no Brasil pela primeira vez, com quatro paradas, uma delas no estacionamento da PUC-Rio, reunindo alunos de várias universidades do Rio de Janeiro em torno de uma mesma causa: salvar um ovo.

 

Cada equipe era formada por três integrantes, que deveriam construir um projeto de, no máximo, um metro cúbico e cinco quilos, que protegesse o ovo da queda de cima de um guindaste. Foram dezessete as equipes participantes, mas menos de dez conseguiram terminar a prova sem rachaduras. Outro fator que atrapalhou o desempenho de alguns times foi o vento, que levou projetos para longe da área demarcada. Aterrissar no alvo contou seis pontos e a criatividade dos projetos, mais seis. Como funciona nas diversas competições promovidas pela marca, a criatividade é responsável por grande parte da pontuação e, no Gravity Challenge, o prêmio é um pulo de pára-quedas no Barra Jumping.

 

Venceu a equipe Galáticos, de Gabriel Cantini,
Bernardo Pater e Vitor Maes
Não bastava atingir o alvo, tinha que ser divertido, o que não foi problema para os competidores, que levaram desde um pára-quedas baseado na obra de Da Vinci até padres voadores, boneca inflável e homem-aranha. A equipe Alfa-Alfa-H’, de Matheus Tavares e Rafael Cidade, de Engenharia de Materiais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Marcos Cardoso, de Engenharia Mecânica, também da UFRJ, foi a primeira a conseguir que o ovo não quebrasse, mas o vento levou o projeto Frigobar Voador, da equipe, para longe do alvo. Antes da queda, nem o time acreditava no bom desempenho. “A idéia de fazer uma geladeira foi porque é o lugar onde se guardam os ovos, mas começamos a fazê-la ontem, com certeza o ovo vai quebrar”, disse Rafael. Outros projetos chamavam a atenção pelos detalhes na construção, que não foram suficientes para salvar o ovo.

 

O destaque do evento foi a equipe vencedora, Os Galáticos, em que os integrantes chegaram caracterizados de extraterrestre, astronauta e Silvio, do programa Pânico na TV. A equipe construiu uma nave espacial que, ao cair, abriu a porta para a saída do ovo, recebendo a nota máxima. A família dos primos Bernardo Pater, que estuda na Escola Superior de Propaganda e Marketing (Espm), e Vitor Maes, aluno de Engenharia de Produção da PUC, dois dos integrantes dos Galáticos, compareceu em peso, colaborando com os retoques finais e com a torcida. “A família inteira está aqui, ajudando em tudo o que puder, porque eles trabalharam muito por esse projeto”, disse a mãe de Vitor, Maria de Lourdes Durso.

 

Muitas equipes prepararam suas construções no dia anterior, e alguns só puderam saber na hora se o projeto funcionaria. O time vencedor trabalhou duas semanas para que a nave ficasse pronta, gastando 43 ovos em 32 testes e R$ 240 em materiais, entre eles isopor, plástico e até espuma da Nasa.

 

– Como não tínhamos uma altura de 15m para testar os projetos, fomos para a casa de praia da nossa família e penduramos as naves em varas enormes no telhado para testar, contou Vitor.

 

 

Edição 210

 

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