Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo na área de Estudos da Linguagem e Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a professora Jackeline Lima Farbiarz chegou à Universidade em 1984, ainda como aluna. Entre 2018 e 2022, esteve à frente do Departamento de Artes & Design, onde criou o Laboratório Linguagem, Interação e Construção de Sentidos. Desde o ano passado é Vice-Reitora de Extensão e Estratégia Pedagógica.
Na terceira entrevista da série do Jornal da PUC com os Vice-Reitores, Farbiarz enfatiza que a extensão requer diálogo constante. Ressalta ainda que a Vice-Reitoria de Extensão e Estratégia Pedagógica (VREEP) está alinhada com o Marco Referencial da Universidade, e investe esforços para colocar o potencial acadêmico a serviço de diferentes setores da sociedade.
Qual a missão da Vice-Reitoria de Extensão e Estratégia Pedagógica (VREEP) criada no fim do ano passado?
Jackeline Farbiarz - A Vice-Reitoria de Extensão e Estratégia Pedagógica é uma instância facilitadora e propulsora de ações, sobretudo vinculadas aos cursos de graduação e pós-graduação strictu sensu – mas não exclusivamente - que dialoguem e atuem junto com e em benefício da sociedade. Embora, do ponto de vista da estrutura da universidade, ela seja uma “novidade” institucional, sua criação e atividade inicial, que atendem à Resolução do MEC, só foram possíveis pois estender-se ao outro, com sentido de responsabilidade e participação, é parte inerente à história da PUC-Rio.
Eu mesma, nos meus 40 anos de participação na vida acadêmica da universidade, sempre estive envolvida com projetos extensionistas, assim como muitos dos professores. Inclusive, relembrando, foi a partir de um desses projetos, elaborado em conjunto com o Reitor Pe. Anderson, que deixei a direção de Departamento de Artes e Design para assumir a função que exerço atualmente.
Em síntese, a missão da VREEP é cuidar para que os caminhos do intramuros ao extramuros sejam percorridos tanto no sentido da participação da universidade na transformação social quanto no sentido de sua autotransformação e significação. Isso em consonância com a responsabilidade social de uma universidade particular, confessional e comunitária com abertura plena para a atualidade e seus desafios complexos.
Assim, alinhada ao Marco Referencial da PUC-Rio, a VREEP investe seus esforços na direção de o projeto universitário colocar o potencial acadêmico a serviço dos diferentes setores que compõem a sociedade. Ela soma a palavra “extensão” ao complemento “estratégia pedagógica” por entender que a PUC-Rio, com seu campus único e sua excelência em pesquisa e ensino, sua tradição na elaboração e aprofundamento de percursos pedagógicos críticos e inovadores possui as condições necessárias para se posicionar “em saída”, para se abrir à reflexão na ação, ao diálogo interdisciplinar corresponsável e colaborativo, como demanda o Papa Francisco.
Como a Vice-Reitoria avalia o impacto acadêmico dos projetos extensionistas?
Jackeline Farbiarz - Entendo ser preciso ressaltar que a Resolução nº 7 MEC/CNE/CES (2018), acerca da extensão, define que pelo menos 10% da carga horária total dos cursos de graduação necessariamente devem ser dedicadas à extensão. Nesse sentido, são consideradas atividades de extensão as intervenções que dialoguem diretamente com as comunidades externas, que mantenham vínculo com o aprimoramento da formação do estudante, que estejam integradas ao programa de ensino da disciplina e que possuam um sistema próprio de avaliação do processo.
Como orientação acadêmica, há o convite para que os estudantes sejam encorajados a refletir sobre os problemas complexos da sociedade nas interações vivenciadas. É esperada uma prática que possibilite o exercício de um olhar crítico, a aproximação com diferentes técnicas e linguagens, a promoção das capacidades individuais e o desenvolvimento do trabalho colaborativo. Enfim, é esperada a formação de um profissional reflexivo com vistas à construção de uma sociedade fundamentada no compartilhamento de experiências e de saberes.
Como impacto, a Resolução nos convidou a revisitar todos os projetos pedagógicos dos cursos de graduação, a entender quais disciplinas tinham potencial para o diálogo com o extramuros, a revisitar nossas práticas de ensino-aprendizagem, a buscar formas de significar um sistema de avaliação que incluísse a comunidade extramuros e fomentasse a autoavaliação ao longo do processo. Com isso, nos aproximamos de nossa missão comunitária.
Contudo, estamos apenas no segundo semestre de implantação da extensão nos cursos de graduação, assim como no primeiro ano de formação de nossos estudantes a partir de projetos pedagógicos alinhados com as novas proposições. Nos reunimos com os Vice-decanos de graduação setoriais, com os coordenadores de graduação e com os professores responsáveis por disciplinas de primeiro período. Continuaremos nos reunindo, agora, já a partir de práticas e resultados experimentados. Por esse viés, em diálogo, colaboração e parceria, vamos desenvolvendo nosso projeto de curricularização da graduação da extensão.
Para o próximo ano, nossa intenção é iniciar o processo de interação com a pós-graduação, pois embora não haja a obrigatoriedade de adesão à Resolução do MEC, nossa universidade se articula na indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão. Já há muito sendo feito, e acredito na possibilidade de incorporações nos projetos pedagógicos.
Para além da curricularização da extensão, a VREEP promove e impulsiona a articulação entre os diferentes programas, projetos, núcleos, eventos que tenham por base um projeto universitário, construído a partir da abertura para o diálogo, para a troca, para a interdisciplinaridade, somando múltiplas formas de ver, pensar e agir, de relacionar saberes acadêmicos e saberes populares no encontro com a sociedade.
Ao assumir o cargo, a senhora reuniu 143 projetos de extensão que já vinham sendo realizados na Universidade. O que mudou a partir do momento em que eles foram agregados pela Vice-Reitoria?
Jackeline Farbiarz - Se a Resolução do MEC nos direcionou para uma ação de curricularização, antes de mais nada, foi tranquilizador tornar tangível o que já sabíamos: a PUC-Rio é uma universidade também em extensão, com programas, projetos, eventos, núcleos extensionistas. Assim, a resposta obtida em um curto espaço de tempo, menos de duas semanas, nos colocou frente a frente com nosso potencial. São muitos os projetos extensionistas desenvolvidos na universidade ao longo de sua história. Apareceu, quase como um pressuposto que, na PUC-Rio, a comunidade universitária se engaja na problematização das realidades locais e globais, na busca por soluções em conjunto com a sociedade, baseadas no tripé escuta-discernimento-ação.
O mapeamento dos projetos ajudou o grupo de trabalho, dedicado à regulamentação da curricularização da extensão no contexto da graduação, a entender que já atuávamos em uma via de mão dupla, promovendo e participando da troca de saberes acadêmico e popular, por exemplo, na articulação de políticas públicas em colaboração com a comunidade, na prestação de assessoria técnica; tudo isso, em especial, nas esferas da responsabilidade social e ambiental.
Também o mapeamento nos fez entender que poderíamos ousar a proposição de uma categoria de disciplina totalmente extensionista e interdepartamental nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação, pois muitos projetos envolviam pesquisadores de cursos distintos. Assim, além das categorias disciplinas obrigatórias com uma certa carga horária em extensão e de disciplinas de grupo de optativas extensionistas, foi possível criar a categoria disciplinas código EXT. No âmbito desse código, conseguimos expressar o entendimento de que nossos cursos poderiam experimentar trabalhar questões complexas vinculadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU) de forma interdisciplinar, com a participação de professores de diferentes departamentos - ministrando conjuntamente a disciplina - ancorados por um compromisso pedagógico que se funde em aprendizagem significativa, autonomia e avaliação formativa.
Em síntese, por meio dos projetos, vimos a extensão em ação e reconhecemos a interdisciplinaridade como fonte de inspiração e fundamentação. Assim ela avança no compromisso com a reflexão na ação; a disponibilidade para servir; a abertura à atualidade, aos saberes plurais, multimodais.
Em que medida os 17 ODS norteiam o planejamento da Vice-Reitoria de Extensão e Estratégia Pedagógica?
Jackeline Farbiarz - Na verdade, elegemos dois documentos que consideramos fundamentais como orientadores de nosso compromisso extensionista: o Pacto Educativo Global (Vaticano) e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU). Vistos em conjunto, eles somam uma educação humanista e solidária, como caminho para a transformação da sociedade, e um plano de ação global, com a finalidade de agir sobre os grandes desafios para um desenvolvimento sustentável.
Eles dialogam diretamente com o Marco Referencial da PUC-Rio e nos ajudam a reconhecer ações que signifiquem nossa identidade e missão. Ambos os documentos viabilizaram o entendimento de nossa responsabilidade social como resultado da construção corresponsável de projetos de interesse público com vistas a futuros desejáveis, em prol do bem comum.
Em especial, eles também se inserem nos metaprojetos Gávea Carioca, Amazonizar e, mais recentemente, na parceria com o Hospital São Francisco na Providência de Deus - em um pensamento que traz o ODS Saúde e Bem-estar como uma área de grande relevância para a Universidade. Dessa forma, o planejamento desenhado no âmbito da VREEP não só participa como alimenta e é alimentado pela proposta da Reitoria de nos encontrarmos em um horizonte comum em nossa universidade. Horizonte este que se constrói como oportunidade de escuta, aprofundamento e ação colaborativa. Horizonte comum que aproxima a todos nós das demandas da sociedade, fortalecendo uma formação cidadã, que exercita o reconhecimento e aceitação do outro e da diversidade. Horizonte comum que ousa vivenciar fronteiras no lugar de limites e que propicia a participação ativa na coconstrução de uma sociedade em que prevaleça a equidade.
Qual o papel das disciplinas de extensão e como elas estão sendo organizadas?
Jackeline Farbiarz - De forma bem resumida, as disciplinas visam propiciar ao estudante vivenciar um percurso formativo desenhado para que ele caminhe com senso de responsabilidade e de participação, por meio da prestação de serviços de interesse público e, em especial, do serviço à comunidade.
Para atender a Resolução do MEC, formalizamos algumas categorias extensionistas. Elas estão disponíveis no Projeto Pedagógico de cada curso de graduação iniciado a partir de 2023 e podem ser visualizadas no site da VREEP em: https://www.puc-rio.br/sobrepuc/admin/vreep/
Os procedimentos de acompanhamento e de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem dependem das especificidades de cada disciplina, constando na ementa e no plano de ensino. Eles levam em consideração que a extensão é parte integrante do processo de formação do egresso. Eles buscam incentivar e reconhecer a autonomia do estudante na interação com a sociedade, com os contextos locais, com os saberes e fazeres populares, para a problematização da realidade e para a busca de soluções em conjunto com a sociedade.
Quais foram as principais questões discutidas e trabalhadas em sala de aula nesses dois semestres?
Jackeline Farbiarz - Prefiro responder compartilhando primeiro um pouco daquilo que todos os cursos de graduação apresentam em comum. São quatro as disciplinas de Cultura Religiosa que nossos alunos cursam em 12 créditos/180 horas da carga horária total de seus cursos. Dessas horas, 120 passaram a ser dedicadas a atividades de extensão nos projetos pedagógicos elaborados a partir da Resolução MEC. Com isso, somente neste semestre, temos 885 alunos cursando a disciplina O Humano e o Fenômeno Religioso e 613 a disciplina Cristianismo. Todos os alunos participam da Jornada de Extensão Universitária, organizada pelo Departamento de Teologia, que, neste ano, responde a um chamado do Papa Francisco para participarmos todos da construção de uma fraternidade e amizade social. Assim, por exemplo, para nossos alunos está sendo ofertado o diálogo com a Coordenação de Diversidade Religiosa da Cidade do Rio de Janeiro e com o fundador da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus. O último responde pelas três embarcações-hospitais que atendem as comunidades ribeirinhas na Amazônia. Pelo menos dois dos ODS são contemplados aqui: Paz, justiça e instituições eficazes e Saúde e bem-estar. Saindo do geral para o específico, temos alunos participando de disciplina obrigatória exclusiva de um curso que apresenta como parceiro da comunidade do Horto em sua relação com a Associação Jardim Botânico, no contexto da assessoria técnica, a partir da temática direito à moradia e à memória. Temos ainda alunos participando da disciplina código EXT, ou seja, interdisciplinar, que junto a uma ONG, em um processo de reflexão na ação, atua no âmbito da cidadania plena e dos direitos humanos, com foco no ODS Redução das desigualdades. Junto a esses exemplos, por meio de edital, tivemos alunos participando, no mês de julho, do Projeto Rondon no município de Bonito (MS), cuja prioridade é o ODS Cidade e comunidades sustentáveis. Eles se engajaram em uma experiência de entendimento de contexto, proposição e avaliação. Eles promoveram oficinas com temas como direitos humanos, educação, saúde, comunicação, tecnologia, meio ambiente e trabalho. Sobretudo, tiveram a oportunidade de tangibilizar uma experiência de participação na transformação social e de autoconhecimento.
Como a Vice-Reitoria pretende avaliar o impacto social deste trabalho desenvolvido em sala de aula?
Jackeline Farbiarz - Penso que essa pergunta dialoga diretamente com o que falei antes sobre o Pacto Educativo Global (Vaticano) e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU) como documentos orientadores de contexto. A partir dela, temos a dimensão das grandes questões que participam de nosso reconhecimento como universidade comunitária de responsabilidade social.
Também entendo como contribuição da VREEP para a sala de aula o redesenho das categorias que compõem o Plano de Ensino de Disciplina e a proposição de uma ficha resumo que atente para a avaliação do aluno. Eles foram elaborados com vistas a facilitar um processo que leve professor, aluno e comunidade parceira a refletir sobre a experiência.
No caso do Plano de Ensino, o professor é convidado, por exemplo, a fundamentar os procedimentos metodológicos, a definir estratégias de reflexão sobre a ação, estratégias de avaliação da comunidade parceira sobre a ação e estratégias de autorreflexão do estudante.
No caso da Ficha-resumo o estudante é convidado, por exemplo, a identificar um problema/oportunidade/desafio, relacioná-lo a um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável e a refletir sobre ele nos âmbitos pessoal e profissional, além de suas formas de interação com a comunidade parceira e os aprendizados.
Acreditamos que os instrumentos auxiliaram a reflexão na ação, a troca de experiências, trazendo subsídios para o encontro com formas de analisar o impacto social.
De qualquer forma, a avaliação da extensão implica ser contínua, integrar a atividade, ser qualitativa e quantitativa, ser realizada tanto pela comunidade universitária quanto pela comunidade extramuros. Sobretudo, ela não deve restringir-se a si mesma, mas sim, a cada oferta da disciplina ter seus resultados participando do planejamento do porvir.
A Vice-Reitoria planeja valorizar projetos de extensão para a área da saúde?
Jackeline Farbiarz - Saúde e bem-estar correspondem ao terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Foi uma crise sanitária que nos retirou do campus por mais de um ano, significando em nós muitas perdas. Saúde e bem-estar são verbalizadas por nós como participantes de nosso dia a dia na universidade. Nos preocupamos com os excessos e com as faltas. Neste último ano, demandados por Pe. Anderson, nosso Reitor, investimos em pensar o campus como um lugar educativo, saudável, cultural. Criamos um Núcleo de Acolhimento Institucional, fortalecemos a Pastoral Universitária como ponto de encontro de nossos alunos, criamos uma praça para receber a todos e a vimos ser prioritariamente utilizada por funcionários terceirizados que juntos compartilham momentos de troca e descanso, integramos a nosso campus uma Orquestra residente. Um conjunto de ações efetivadas prioritariamente por nosso Vice-Reitor de Infraestrutura, Luiz Fernando Martha, no caso da Pastoral, por seu coordenador, Pe. Paulo Veríssimo, no caso da Orquestra, contando com o apoio da Fundação Padre Leonel Franca e, em parceria com todas as Vice-reitorias. Isso, atendendo a um modelo de gestão compartilhada. O objetivo das ações: saúde e bem-estar.
Também ao longo do ano, vimos, ouvimos falar, participamos de reuniões que demonstravam o quanto podemos contribuir com a sociedade a partir de uma dedicação efetiva na área da Saúde. Constatamos que nos 70 anos da Escola Médica PUC-Rio já participaram 20 mil médicos, oriundos, além do Brasil, de outros países da América, África, Ásia e Europa. Vimos ainda o potencial de nossos laboratórios de ensino e pesquisa na relação com a área.
Assim quando a Reitoria formalizou o vínculo da PUC-Rio com a Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, e, em especial, com o Hospital São Francisco e as três embarcações hospitais - que atendem mais de 1000 comunidades ribeirinhas na Região Amazônica, com infraestrutura para consultas, cirurgias e exames – entendemos a existência de projetos convergentes aderentes a VREEP.
Nossa visão foi confirmada, pela consulta que fizemos aos coordenadores de graduação, a partir dos Vice-decanos de graduação, acerca da presença de disciplinas nos projetos pedagógicos dos cursos que poderiam desenvolver atividades extensionistas na área de Saúde e Bem-estar. Em três dias, recebemos a indicação de 33 disciplinas com potencial para atuação junto ao Hospital São Francisco em ações vinculadas a área de Saúde e Bem-estar na confluência com alimentação, ambiência, cidadania, cuidado e bem-estar, aprendizagem, energia sustentável, equipamentos, finanças, gestão, infraestrutura, linguagem e comunicação, meio ambiente, sociedade e cultura, tecnologia, espiritualidade, entre outras.
Então a resposta é sim. A VREEP, em conjunto com todas as Vice-reitorias, como parte integrante da Reitoria, pretende valorizar os projetos na área de Saúde e Bem-estar. E, mais do que isso, pretende estender a consulta à pós-graduação, como um primeiro movimento na direção de se pensar a curricularização da extensão também no contexto da pós-graduação.
Que ideias fundamentam a experiência de extensão da PUC-Rio?
Jackeline Farbiarz - Nesse sentido, gostaria de compartilhar duas citações que fundamentam a experiência da extensão na PUC-Rio. A primeira de nosso eterno professor Leandro Konder (1999): “No diálogo com o outro, eu não harmonizo as diferenças (que são essenciais à prática dialógica), não supero as frustrações que me são impostas pelos limites (efetivos) da comunicação, não elimino os riscos, porém aprendo a apreciar a polifonia, aprendo a ouvir a diversidade das vozes. Exercito-me numa linguagem que amplia meus horizontes para a compreensão do que está além do saber constituído. Educo-me no respeito à inesgotabilidade do real. Desenvolvo a capacidade de combinar a preservação da minha identidade com uma abertura menos tímida para a alteridade.”
A segunda, oriunda de Pe. Luiz Fernando Klein, S.J., sobre o conceito de experiência, na forma de vivenciá-la na perspectiva da pedagogia inaciana (2023): “A experiência é a ressonância afetiva de uma apreensão cognitiva”.
Para finalizar, eu gostaria de ressaltar a importância da coordenação central de inovação em estratégia pedagógica, a cargo da professora Roberta Portas, e seu alinhamento com a coordenação central de graduação, a cargo da professora Érica Rodrigues. A extensão requer diálogo constante.
Enfim, estamos, como VREEP, iniciando um caminho que se funda em uma longa história, que tem suas bases na própria origem de nossa universidade. Que a cada dia de percurso ousemos que as ações extensionistas se abram em diálogo e se signifiquem em afeto.