Noventa por cento da matriz energética brasileira vem de fontes renováveis, isso representa 3 vezes a média global Diante deste cenário , representantes da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK-Rio) e do Instituto de Mobilidade e Energias Sustentáveis (IMES PUC-Rio), se reuniram na Casa de Inovação, no dia 28 de agosto, para debater pautas que envolvem a parceria entre os dois países, como a transição energética e a sustentabilidade. Além disso, foi apresentada a atuação de empresas alemãs no Brasil.
Em 2020, a AHK assinou o maior contrato de cooperação internacional com o Brasil, com o objetivo de acelerar a produção global de hidrogênio verde (H2V). Natasha Costa, Gerente de Projetos da instituição, explicou o objetivo desse acordo e os impactos econômicos dele.
— O foco foi manejar projetos de pesquisa e desenvolvimento que pudessem resolver questões da economia do Brasil e, nos próximos 20 ou 30 anos, exportar hidrogênio nas suas formas aplicáveis para a economia na Alemanha.
A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha é uma organização associada ao Ministério Federal de Assuntos Econômicos e Ações Climáticas da Alemanha. A AHK está presente em 92 países e a principal função dela é atender às demandas de empresas alemãs interessadas em investir na economia brasileira.
A parceria faz parte do Programa Internacional de Incentivo ao Hidrogênio (H2Uppp). O Brasil despertou o interesse da iniciativa pelo potencial de energia limpa. O programa incentiva parcerias que contribuam para tornar o hidrogênio verde uma realidade.
A AHK viabilizou um estudo do IMES com a finalidade de trocar o diesel fóssil em veículos pesados, como caminhões, por hidrogênio verde. Esse é um passo inicial na exploração do maior potencial de mercado do H2V. O projeto contou também com a participação da montadora alemã Mercedes-Benz e abriu portas para novas parcerias.
— A gente conseguiu fazer um network, participamos de feiras, tivemos trocas e workshops. Foi interessante ver como dentro do Brasil, da Academia, há uma uma preocupação em desenvolver a cadeia produtiva do hidrogênio. Tivemos uma interação muito grande e foi um projeto que iniciou uma trajetória — afirmou Florian Pradelle, Diretor do IMES.
O IMES PUC-Rio desenvolve pesquisas que buscam soluções na área de produção e conversão de energia aplicada à mobilidade e eletricidade. O prédio do instituto, em Duque de Caxias, tem 5000m² e possui estrutura para a realização de testes em veículos e motores.