O Secretário-Executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Manuel R. Fernandes, apresentou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que visa adequar o fenômeno das IAs à realidade brasileira. A palestra ministrada por Luis, também Professor do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, ocorreu no auditório do RDC e foi organizada pela Vice-Reitoria de Desenvolvimento e Inovação.
Além do Secretário, a mesa foi composta pelo Reitor da PUC-Rio, Pe. Anderson Antonio Pedroso S.J., e pelo Vice-Reitor para Assuntos de Desenvolvimento e Inovação, Prof. Marcelo Gattass. Na abertura, Pe. Anderson destacou que o encontro foi uma oportunidade para a Comunidade PUC-Rio se atualizar e reforçou a função pública da Universidade.
— À medida que nós temos encontros e tiramos dúvidas, a Comunidade PUC-Rio percebe a necessidade de estar em movimento, levando em conta o papel fundamental que a Universidade tem não só no Rio de Janeiro, mas no Brasil.
O Vice-Reitor Marcelo Gattass aproveitou a oportunidade para anunciar a criação de um centro de inteligência artificial na PUC-Rio e afirmou que a IA supera a revolução da automação industrial.
— Nós precisamos olhar toda a perspectiva humana e social que a inteligência artificial vai trazer, pois é uma outra revolução que estamos enfrentando. Espero que a PUC-Rio contribua nessa questão juntamente com a sociedade através do centro de pesquisa focado em IA.
A palestra “IA para o bem de todos: O Plano brasileiro”, ministrada pelo Prof. Luis, teve o intuito de apresentar o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que representa um marco histórico para o desenvolvimento tecnológico do Brasil. Com um investimento previsto de R$ 23 bilhões em quatro anos, o PBIA está no mesmo patamar dos países europeus, como Alemanha, França e Itália. Apesar disso, O Secretário do MCTI reiterou que o PBIA apresenta um plano de investimento realista.
— A IA é uma força tecnológica transformadora que impacta a sociedade e o planeta. É fato que vamos enfrentar diversos desafios para pôr em prática esse plano, como gerar uma quantidade massiva de dados, desenvolver algoritmos complexos e formar talentos humanos capazes de operar as IAs. Logo, o Governo Federal, as empresas de tecnologia e os centros de pesquisa precisam se unir para uma eficiente inovação e desenvolvimento da IA no Brasil.
O PBIA prevê as “Ações de Impacto Imediato” que serão realizadas em áreas prioritárias para a população, dando continuidade a iniciativas que já estavam acontecendo e que devem ser potencializadas e impulsionadas pela IA. No entanto, o Secretário enfatizou que o plano deve ser constantemente expandido e supervisionado.
— O plano necessita de atualização constante para que a democracia brasileira esteja protegida frente à expansão tecnológica. O equilíbrio entre proteção dos direitos e inovação e promoção da tecnologia é o tema central do PBIA, sendo fundamental a regulamentação da inteligência artificial no Brasil.