O cenário não era composto por flores coloridas e nada tinha de bucólico, mas as atrações do Festival da Primavera agradaram em cheio aos alunos, que lotaram o ginásio nos dias 10, 11, 12 e 13 de novembro. No total, 21 bandas da PUC se revezaram com quatro bandas comerciais, sendo que cada uma teve uma hora de show. Para o DCE, esta é uma forma de valorizar a produção musical que existe dentro da Universidade, pois há integração com artistas já consagrados na mídia.
Nas apresentações das bandas da chuvosa terça-feira, 10, o som ficou por conta da banda moderninha Spllash, o reggae de raiz da Satélites na Babilônia, o rock indie do Contracapa, o rock reflexivo da Unidade Imaginária, a sonoridade variada da Escambo e o reggae da consagrada Monte Zion, atração principal da noite. Durante o show do grupo, aconteceu o apagão, que atingiu dezoito estados do país. No entanto, as músicas foram cantadas em coro pela plateia, à luz de velas, enquanto os músicos tocavam apenas os instrumentos de percussão. O estudante de Jornalismo Mauro Pimentel, que fez parte da organização das bandas no palco, disse que, com certeza, isso será inesquecível para os organizadores, a banda e as pessoas presentes.
da banda Ganeshas
- Como é um festival universitário, acreditava que o público seria mais misturado e que pouca gente conheceria meu trabalho. Fiquei surpreso com a quantidade de pessoas que já ouviram minhas músicas, e não sabia que meu nome tinha sido um dos mais divulgados. Isso me deixou muito feliz, contou ele.
A apresentação da Banda Tereza, seguida da final da batalha de MCs que consagrou o MC Dimenor como o vencedor, do samba-rock da banda 7 Por Meia Dúzia e da atração principal BNegão e os Seletores de Frequência, que se apresentaram com o ginásio lotado, animaram a platéia na quinta-feira. BNegão, que tocou no Festival há três anos, disse que, desta vez, a energia foi maior porque veio com a banda inteira e não só com a base eletrônica, como na última vez. Além disso, o rapper disse que sempre fica feliz de poder tocar no Rio, e que a Universidade é um ótimo local para poder se expressar.
- A PUC é um lugar clássico de produção de conhecimento do país. Daqui já saíram grandes cabeças e grandes autores clássicos. Nosso som tem a ver com isso, conscientização, sabe qual é? Deve ser por isso que a galera se identifica, disse.
Já no último dia do evento, na sexta-feira, 13, os destaques foram as bandas mais pesadas, como Halé, de hardcore; Planar, de som alternativo; Os Azuis, rock’n’roll anos 50; Maldita, de metal gótico; e a atração principal Matanza, que toca uma fusão entre hardcore e música country americana. O vocalista do Matanza, Jimmy London, disse que, apesar de ninguém da banda ter cursado ensino superior ou ter alguma relação direta com a PUC, todos se sentiram bem à vontade na apresentação.
Edição 224