A pluralidade do historiador no século XXI
11/10/2006 17:00
Virginia Primo / Fotos: Carolina Jardim e Felipe Fitippaldi

Depois de cinco anos, a Semana de História voltou a ser realizada, desta vez com o tema O Ofício do Historiador no Século XXI. Entre 18 e 22 de setembro, foram realizados debates, apresentações de alunos, minicursos, além de atividades culturais e exposições no Solar Grandjean de Montigny.

Isabel Lélis,
Luis Manuel Fernandes,
Fernando Latman-Weltman,
Luiz Reznik
Enquanto você lê esta matéria, a História está sendo feita e estudada. O Ofício do Historiador no Século XXI foi o tema escolhido para a Semana de História, realizada de 18 a 22 de setembro. Com apoio do Departamento de História e da Vice-Reitoria Comunitária, o Centro Acadêmico de História organizou a programação, que além de mesas de debates, minicursos e apresentações de trabalhos de alunos, incluiu atividades culturais e exposições no Solar Gradjean de Montigny.

Logo na abertura, na segunda-feira, às 10h, a mesa-redonda Cidadania e Democracia no Brasil Hoje: da redemocratização aos nossos dias discutiu o cenário político nacional. Os cientistas políticos Renato Lessa, da UFRJ, e Fernando Lattman-Weltman, da PUC, debateram a existência de uma crise na instituição democrática. Berenice Cavalcante, professora do Departamento de História, lembrou a trajetória da abertura política e sua influência na Academia.

A mesa Contribuições dos conceitos marxistas ao historiadores do século XXI lotou o Auditório Padre Anchieta na quarta-feira. Além dos professores da Universidade Ricardo Ismael e Paulo d’Ávila, o debate contou com a presença aguardada da professora aposentada da UFF Virginia Fontes. Segundo Pedro Henrique Torres, um dos organizadores, a falta de estudos sobre o tema estimulou os alunos.

Ainda na quarta-feira, às 13h, foi exibido o documentário inédito de José Mariani, professor do Departamento de Comunicação Social, sobre o economista Celso Furtado.

Berenice Cavalcante,
Maisa Mader,
Renato Lessa
– Uma das características marcantes da Semana de História foi a pluralidade tanto de opiniões quanto de um público variado, de todos os períodos e cursos, assinalou Ana Carolina Fiúza, aluna do 4º período que participou da organização.

A mesa de encerramento, às 15h da sexta-feira, tratou de questões como a permanência do socialismo em Cuba e o avanço do populismo na América do Sul. Para a mesa Perspectivas para a América Latina no Século XXI, estiveram presentes o secretário geral do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luis Manoel Fernandes, e a professora Maisa Mader, especialista no assunto.

Depois de cinco anos o resultado parece compensar o tempo de inatividade, segundo a avaliação do Departamento e dos alunos.

– Estamos felizes por conseguir reunir tantos especialistas e professores de diferentes cursos e universidades. A esperança é que continue assim, afirmou o formando Pedro Henrique Torres.

Edição 177