A opinião de quem tem que esperar para a aula começar sentado na passagem.

Quem anda pelas escadas entre o 3º e o 4º andares do Edifício Cardeal Leme deve ter notado uma intervenção curiosa: uma faixa amarela foi posta para delimitar uma área para se sentar. Uma folha de papel citando uma suposta campanha “contra a obstrução da passagem” colada na parede acompanha a faixa. No entanto, nenhum departamento consultado sabe quem foi o responsável. Segundo Eduardo Lacourt, prefeito do campus, ela é uma experiência de alunos.

 

Atividades como esta devem ser autorizadas pela Prefeitura da Universidade, o que não ocorreu. Mesmo assim, alguns alunos aprovaram a idéia. A doutoranda em Letras Luane Fragoso, que estava sentada em uma das escadas do Leme, é um deles.

 

- Acho que sentar na escada não tem problema se for para esperar cinco minutinhos antes da aula. Aprovo a idéia de ter (a faixa) - disse.

 

Eduardo Rodrigues, estudante do 6° período de Publicidade, discorda e acredita que sentar nas escadas não é problema. “Ruim é não ter banco para sentar”, referindo-se à Ala Kennedy do Edifício da Amizade. E ele vai além: “Alguns ambientes de trabalho não têm lugares suficientes”.

 

Porém a realidade de Eduardo é diferente da vivida por Vanessa Moura, do 3° período de Química. Com aulas no Edifício Leme, a estudante diz que bancos em alguns andares do prédio não são viáveis. “Alguns corredores são estreitos demais, além de poder atrapalhar as aulas, porque os alunos permanecerão nos corredores”, afirma.

 

O prefeito informou que não há uma regra específica que proíba as pessoas de se sentarem nas escadas, mas acredita no bom senso. Ele lembrou que existem o Estatuto e Regimento da Universidade, acessíveis a todos. Lacourt disse também que já tentou distribuir bancos pelos prédios da PUC, mas a idéia não foi bem aceita por alguns departamentos.

 

 

Edição 227