Demoiselle pela atuação das mulheres em TI
Antes, as mulheres eram minoria no mercado de tecnologia da informação. Hoje, elas viraram o jogo e estão, aos poucos, conquistando espaço com muito charme e competência. De acordo com dados da pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento, Sheila Greco Associates, o número de mulheres que ocupam cargos de liderança no mercado de TI aumentou de 12%, em 2007, para 16,4% no último ano.
Segundo a coordenadora do Programa de Engenharia de Computação da PUC-Rio, Karin Breitman, este mercado está em crescimento e em busca de mulheres. “As empresas perceberam que os times mistos têm uma produtividade muito maior. Uma prova é que as patentes mais usadas no mundo são aquelas criadas por homens e mulheres”, explica. Karin recebeu, no dia 20 de agosto, o Prêmio Demoiselle pelo trabalho realizado junto com a Sociedade Brasileira de Computação sobre a atuação das mulheres na tecnologia, com o objetivo de incentivar e aumentar o número de meninas nas carreiras de TI.
Na PUC o número de mulheres nos cursos da área de tecnologia é de apenas 10%, o que para Karin reflete uma idéia errônea que se tem da carreira. “Ainda existe um preconceito entre as meninas. Elas enxergam um estereótipo e temem ser vistas como nerds. Além disso, olha-se o trabalho como uma tarefa muito solitária. O que não é verdade. A maioria enfrenta os desafios e tem uma carreira bem sucedida”.
E desafio foi o que não faltou para a consultora de Engenharia de Requisitos Ana Carolina Almeida. “Como consultora eu senti certa resistência, já que você tem que ensinar para quem já sabe e trabalha com aquilo. As pessoas ficam querendo testar seus conhecimentos”.
Já a mestranda
Quem optar por essa área pode trabalhar como webdesigner, especialista em mídias de redes sociais, jogos, computação gráfica, desenvolvimento de aplicativos para o IPad e o Google, entre outras atividades. Segundo Karin, são, aproximadamente, quatro ofertas de emprego em boas empresas para uma pessoa.
Mas, segundo Carolina, o importante é gostar do que faz e estudar muito. E Ana Carolina complementa. “Quando vi o meu primeiro programa pronto e sendo usado, decidi que era aquilo que queria para a minha vida. Ter paixão pelo que faz, independente da carreira, é essencial”, afirma.
Edição 234