O critério para receber a bolsa é ter um dos maiores Coeficientes de Rendimento (CR) acumulados no curso ou na habilitação. Em caso de empate, ganha o aluno que tiver cursado maior número de créditos. Se a coincidência persistir, o critério passa a ser o CR obtido no período letivo imediatamente anterior. Mas só concorre à bolsa prêmio o estudante que já tenha cursado pelo menos 24 créditos curriculares – excetuados os obtidos por aproveitamento de estudos – e que tenha se matriculado em dezoito créditos, no mínimo, no período precedente.

Para o professor Alfredo Jefferson de Oliveira, Coordenador Central de Graduação da Vice-Reitoria Acadêmica, a maior inovação do formato atual da Bolsa Prêmio é o fato de que a cada semestre é realizada uma nova distribuição de benefícios. Se o aluno no período seguinte não mantiver o desempenho, não receberá a bolsa. O benefício será concedido a outro que tenha melhor rendimento acumulado. Isso estimula o estudante a se dedicar e a aprofundar o aprendizado durante todo o curso. É também um incentivo para que outros alunos – que não estão entre os primeiros colocados da lista – se esforcem para chegar ao topo do ranking.

Gustavo Schinazi, detentor de um dos mais altos CRs de Engenharia e que recebeu a Bolsa Prêmio, afirma que o estudo é a atividade mais importante na Universidade. Ele, que sempre foi um dos melhores alunos do curso, nunca havia obtido qualquer tipo de benefício. "É importante premiar o aluno por seu desempenho dentro da faculdade, e não apenas por seu desempenho no vestibular", disse Schinazi.

Ivan Vieira Junior, aluno de Ciências Sociais, e Luiz Cláudio Verly, de Direito Noturno, também não eram bolsistas até receberem a Bolsa Prêmio. Para Verly, "[o benefício] funciona como um incentivo para o aluno continuar se esforçando". Na opinião de Ivan Junior, outro aspecto relevante é "despertar o interesse do aluno para a academia e a produção acadêmica".

Tatiana Alencar, aluna de Arquitetura, tem bolsa de 50% concedida pela Vice-Reitoria Comunitária por participar do coral. Com a obtenção da Bolsa Prêmio, ela ficará quatro meses sem pagar mensalidade. "Achei boa a iniciativa da PUC de incentivar os alunos", disse Tatiana. Florinda de Souza, que estuda Geografia e é bolsista do ProUni, conta que a satisfação maior foi ser premiada com o título de melhor aluna do curso.

A distribuição de livros é também uma iniciativa importante, uma vez que recompensa os alunos que já possuíam outro tipo de benefício. Esta é a opinião de Victor Aguiar, aluno de Economia e que tem bolsa integral por desempenho acadêmico.

– Creio ser esta uma boa medida, já que os livros representam, a cada início de semestre, uma despesa considerável para os alunos, constata Aguiar.

Em setembro de 2006, foram distribuídas 39 Bolsas Prêmio para alunos de 27 cursos e habilitações.

Edição 178