26 hectares e áreas de preservação
>>
Um lugar calmo, silencioso e com a fauna e a flora riquíssimas. Esse é o novo Campus da PUC-Rio, localizado na Estrada da Boa Esperança, em Tinguá, bairro do município de Nova Iguaçu. O local, que antes fazia parte dos projetos da ONG Campo, coordenada por Cristiano Camerman, foi doado à PUC-Rio no dia 28 de fevereiro. Um dos atrativos do espaço é a trilha das Duas Garotas, resultado de um trabalho desenvolvido por professores da PUC, entre os anos de 2002 e 2005, quando a reserva ainda pertencia à ONG. A trilha é parte do projeto que a ONG Campo desenvolveu voltado à educação ambiental de crianças da região. Além da paisagem deslumbrante, a área conta com vários hectares de Reserva Particular de Patrimônio Ambiental (RPPN), um dos tipos de unidade de preservação brasileira. Ao todo, o novo campus tem 26 hectares, com 13 alojamentos prontos para uso, um auditório com capacidade para 60 pessoas, uma biblioteca, além de uma piscina e vários pequenos lagos.
Desde que a reserva pertence à PUC, pouco foi mudado, e segundo o Vice-Reitor de Desenvolvimento, Sérgio Bruni, essa é a ideia inicial da instituição. Apenas reparos estão sendo realizados, como o corte da grama, a limpeza do terreno e pequenos ajustes no que já está construído.
– As mudanças, se realizadas, serão para melhorar e facilitar o trabalho dos departamentos e dos alunos na reserva. Mas antes é preciso discutir o que fazer e como fazer – disse.
O espaço conta atualmente com quatro funcionários que organizam, limpam e cuidam do local, enquanto o uso da reserva por parte dos departamentos ainda está sendo organizado. Sobre as atividades que podem ser desenvolvidas no terreno, ainda não há nada resolvido, porém existem projetos. Uma comissão, com professores de vários departamentos, foi montada e se reunirá nas próximas semanas para decidir de fato quais serão as utilizações acadêmicas da reserva. Além do uso para pesquisas e trabalhos de campo, o Vice-Reitor explica que não estão descartadas as possibilidades de criação de cursos de formação e especialização locais. “Estamos no primeiro momento, que é organizar as prioridades da Universidade no local. Mas, talvez no futuro também possam haver cursos para capacitação local. Nada está descartado”, esclareceu.
A previsão para o início das atividades no local é para 2011.2. Bruni explicou que o importante é pensar com calma e discutir o melhor uso, para que esse presente que a Universidade recebeu renda bons frutos. E, além disso, possa trazer melhoria a todos, como por exemplo, com pesquisas avançadas.
Edição 242