O trabalho voluntário vai além da cidadania, é uma forma de ensinar e aprender ao mesmo tempo. Para realizar essa tarefa, universitários procuram ONGs ou projetos que têm a finalidade de ajudar crianças, jovens ou adultos. Karyn Mota, Cristiane Vitoriano e Maria Eduarda Souza, alunas da PUC-Rio, têm em comum o fato de serem professoras voluntárias em diferentes lugares.
Aluna do 4º período de Comunicação Social da PUC-Rio, Karyn Mota é voluntária do Projeto CriAtivos, situado na Vila Parque da Cidade, na Gávea. Karyn começou o trabalho dando aulas de português para crianças diariamente e agora será voluntária somente aos sábados, através do Cineclube, onde são passados e discutidos filmes.
– Eu quis participar de uma atividade voluntária porque acredito que não temos que desenvolver somente nossa área intelectual ou pessoal. Me identifiquei com essa área de passagem de conhecimento, porque acho muito importante ajudar no desenvolvimento das pessoas – conta Karyn.
A vontade de educar de Cristiane Vitoriano vai além do trabalho voluntário, já que a aluna do 7º período de Letras da PUC-Rio faz licenciatura, e já havia lecionado em um pré-vestibular comunitário em Campo Grande e dado aulas de reforço para alunos bolsistas do Colégio Teresiano.
– Mais do que uma profissão, ser professor é estar envolvido em uma causa social – define Cristiane.
Atualmente, a aluna faz parte da ONG Educari e ministra aulas de português na Cruzada São Sebastião, no Leblon, para jovens e adultos.
– Dou aulas de português e procuro auxiliá-los com a pontuação, a ortografia e as noções de adequado e inadequado, decorrentes do uso da linguagem falada. Procuramos auxiliar no português para facilitar na hora de eles conseguirem uma vaga de emprego – diz Cristiane.
Apesar de não dar mais aula como voluntária, a aluna Maria Eduarda Souza, do curso de História da PUC-Rio, ainda mantém o contato com os alunos pela internet, troca dicas de livros ou até mesmo combina aulas particulares. A aluna, já lecionou português e história para crianças e jovens no Colégio Arthur Ramos, na Gávea, e no Colégio Stella Maris, na comunidade do Vidigal. Maria Eduarda também teve a experiência de dar aulas de alfabetização para adultos, quando lecionava na Escola Parque, na Gávea.
– A possibilidade de estudar e aprender, infelizmente, não é oferecida para todos no nosso país. Acredito que, se temos essa chance, devemos aproveitá-la por completo, afirma Maria Eduarda.
Edição 246