Pré-vestibular concorre a prêmio do O Globo
19/12/2011 19:50
Marcelle Pacheco/ Foto: Camille Valbusa

O InVest, criado por ex-alunos do Colégio Santo Inácio, é candidato na categoria País

Getúlio Fidelis é ex-aluno do InVest e estudou Ciências Sociais na PUC-Rio. Hoje, é um dos atuais coordenadores do curso

 

Cinco alunos do Colégio Santo Inácio, em Botafogo, logo após terminarem o Ensino Médio, decidiram dividir o conhecimento que receberam e criaram, em 1998, o pré-vestibular comunitário InVest. Hoje, com 51 professores voluntários, o pré-vestibular está concorrendo ao prêmio Faz Diferença 2011 do jornal O Globo, na categoria País. Há sete anos, o jornal homenageia brasileiros que contribuíram para desenvolver setores da sociedade.

 

Getúlio Fidelis é ex-aluno do InVest e atualmente é um dos coordenadores centrais do curso. Ele fez graduação na PUC-Rio e passou em primeiro lugar no Mestrado em Ciências Sociais. Getúlio ficou emocionado ao ver o pré-vestibular indicado ao prêmio do jornal O Globo.

 

- A gente não foi escolhido na categoria Educação, mas na categoria País. E para a gente é uma grande vitória estar concorrendo a esse prêmio porque concorremos com o Ayres Brito, que fez um discurso no momento em que ele votou a favor da união homoafetiva. E o Jorge Hages por todo o trabalho contra a corrupção na política que ele vem fazendo - explica ele.

 

O InVest trabalha em parceria com a PUC-Rio. O Vice-Reitor Comunitário, professor Augusto Sampaio, comemorou o sucesso do pré-vestibular e a indicação ao prêmio Faz a Diferença. Ele acrescentou que o reconhecimento da mídia mostra que o trabalho está sendo bem-sucedido.

 

– O InVest é um dos exemplos mais bem-sucedidos de um pré-vestibular comunitário. Primeiro, porque o Colégio Santo Inácio abriu as portas para ele e fica próximo a uma comunidade importante que é a Santa Marta. E o sucesso que ele tem, a competência que ele tem nas aprovações passa não só para a PUC, mas para as públicas também. O InVest é um modelo que deveria ser copiado por todas as instituições de ensino.

 

Getúlio usou o InVest como tema de dissertação de Mestrado. Ele partiu da hipótese de que a renda no mercado de trabalho tende a aumentar quando esses alunos têm acesso ao Ensino Superior.

 

– E isso se comprovou em 98% dos casos. Cada vez mais as pessoas estão buscando educação, seja ela como um meio de ascensão social e econômica – diz Getúlio.

 

Segundo o coordenador, pode se inscrever no InVest o aluno que tenha acabado de terminar o Ensino Médio, em escola pública ou privada, ou uma pessoa que esteja há muito tempo sem estudar e comprove carência pode se inscrever.

 

Getúlio afirma que o pré-vestibular está adotando um critério de renda parecido com o adotado na Uerj, que é de um salário mínimo e meio por pessoa, que hoje em dia é correspondente a R$ 970. Mas ele explica que, em primeiro lugar, o aluno também tem que fazer uma prova de português, redação e matemática. Se aprovado, passa pela análise socioeconômica.

 

Edição 251

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