virtual para o pessoal em pouco tempo”
Como surgiu a ideia de fazer um filme sobre Barbara Heliodora? Você era fã dela?
Ellen Ferreira – Na verdade, eu era leitora eventual da Barbara. O click que tive em relação a ela aconteceu quando eu estava em casa e vi uma foto dela. Nunca tinha ligado o nome à pessoa. Fiquei me perguntando se alguém já tinha falado sobre ela, e realmente ninguém antes havia feito isso.
Qual foi o processo de chegar até Barbara? Como se deu o primeiro contato com ela? Ela faz jus à fama de ser uma pessoa muito reservada?
Ellen – Após alguns e-mails, ela me passou o telefone residencial. Liguei, e ela me chamou para ir até a casa dela, no Cosme Velho. A princípio, ela apresentou certa resistência, mas depois de muita conversa, fomos conseguindo convencê-la. Expliquei que o objetivo do filme era apenas apresentar uma mulher que se dedica há 54 anos ao ofício de crítica de teatro, e mostrar outro lado da Barbara, um lado pouco conhecido pelas pessoas. Era nas conversas informais que ela se revelava uma pessoa que tinha um conteúdo “extra teatro”. Uma coisa nós sabíamos que estava a nosso favor: Barbara é professora e gosta muito de estudantes. Ela nunca olhou para nós como um bando de estudantes que queriam fazer um filme qualquer para passar de ano.
A grande repercussão do filme já era esperada? Como se deu a seleção para o Festival É Tudo Verdade?
Ellen – Um dos grandes incentivadores do projeto e de seu envio para a seleção do Festival foi o professor de Cinema José Mariani. Sempre quis que o filme ganhasse visibilidade, fosse nas telas de uma escola pública ou de um grande cinema. A maior surpresa foi devido ao fato de ter entrado na seleção do Festival como diretora estreante. Entre os selecionados só havia cineastas mais experientes.