As diversas vertentes de Barbara Heliodora
18/05/2012 14:50
Thaís Mandarino / Foto: Carol Lucchetti

A aluna de Cinema Ellen Ferreira dirigiu o curta Barbara em cena, que estreou no final de março no festival É Tudo Verdade – o maior festival de documentários da América Latina. Ela foi a cineasta mais jovem entre os selecionados para o Festival. Em entrevista ao JORNAL DA PUC, Ellen conta o processo até chegar à Barbara e a repercussão que o filme tem atingido.

Ellen: “Contato com a Barbara passou do
virtual para o pessoal em pouco tempo”
A aluna de Cinema Ellen Ferreira dirigiu o curta Barbara em cena, que estreou no final de março no festival É Tudo Verdade – o maior festival de documentários da América Latina. Foi a cineasta mais jovem entre os selecionados para o Festival. Em entrevista ao JORNAL DA PUC, Ellen conta como conseguiu chegar à seleção do É Tudo Verdade, como foi a produção do filme e a relação estabelecida com a crítica teatral Barbara Heliodora.

 

Como surgiu a ideia de fazer um filme sobre Barbara Heliodora? Você era fã dela?

Ellen Ferreira – Na verdade, eu era leitora eventual da Barbara. O click que tive em relação a ela aconteceu quando eu estava em casa e vi uma foto dela. Nunca tinha ligado o nome à pessoa. Fiquei me perguntando se alguém já tinha falado sobre ela, e realmente ninguém antes havia feito isso.

 

Qual foi o processo de chegar até Barbara? Como se deu o primeiro contato com ela? Ela faz jus à fama de ser uma pessoa muito reservada?

Ellen – Após alguns e-mails, ela me passou o telefone residencial. Liguei, e ela me chamou para ir até a casa dela, no Cosme Velho. A princípio, ela apresentou certa resistência, mas depois de muita conversa, fomos conseguindo convencê-la. Expliquei que o objetivo do filme era apenas apresentar uma mulher que se dedica há 54 anos ao ofício de crítica de teatro, e mostrar outro lado da Barbara, um lado pouco conhecido pelas pessoas. Era nas conversas informais que ela se revelava uma pessoa que tinha um conteúdo “extra teatro”. Uma coisa nós sabíamos que estava a nosso favor: Barbara é professora e gosta muito de estudantes. Ela nunca olhou para nós como um bando de estudantes que queriam fazer um filme qualquer para passar de ano.

 

A grande repercussão do filme já era esperada? Como se deu a seleção para o Festival É Tudo Verdade?

Ellen – Um dos grandes incentivadores do projeto e de seu envio para a seleção do Festival foi o professor de Cinema José Mariani. Sempre quis que o filme ganhasse visibilidade, fosse nas telas de uma escola pública ou de um grande cinema. A maior surpresa foi devido ao fato de ter entrado na seleção do Festival como diretora estreante. Entre os selecionados só havia cineastas mais experientes.

 

Edição 255

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