Ex-aluno ganha prêmio no Rio
03/06/2013 16:24
Jullia Mendonça/ Foto: Weiler Filho

Juízes Ameaçados é eleita como melhor reportagem de TV

Rodrigo Cavalho, repórter da série sobre juízes ameaçados, que foi ao ar em agosto de 2012, no Jornal das Dez
Ex-estagiário do Núcleo de TV do Projeto Comunicar, e agora repórter da Globonews, Rodrigo Carvalho recebeu o primeiro prêmio de jornalismo em TV da carreira com a série do Jornal das Dez, Juízes Ameaçados. A entrega dos prêmios da 14ª edição do prêmio Imprensa Embratel foi realizada no dia 14 de maio, no Espaço Tom Jobim, no bairro do Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Foram avaliadas cinco categorias regionais, 12 nacionais e mais de 200 reportagens.

A série, que foi exibida em agosto do ano passado, levou mais de dois meses para ficar pronta. Carvalho destacou que a vontade de apurar a matéria surgiu com a intenção de mostrar para o público a realidade que os magistrados brasileiros enfrentam e as rotineiras ameaças de morte que eles sofrem.

Para produzir a série, o repórter percorreu quatro estados brasileiros – São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Os principais juízes entrevistados foram Odilon de Oliveira, em Campo Grande, o único do Brasil que é escoltado por policiais federais 24 horas por dia; Fabio Uchôa, substituto da juíza Patricia Acioli na Vara Criminal de São Gonçalo e Fabíola Moura, no interior de Pernambuco, que perdeu o direito da escolta e ainda se sente ameaçada. Fabíola tem a segurança feita informalmente pelo próprio marido. Além deles, novos juízes que acabaram de entrar no mercado deram depoimentos.

– A intenção deles ao falarem, e a nossa ao decidir fazer uma série sobre o assunto, foi justificável após um ano da morte da Patricia Acioli (juíza do fórum de São Gonçalo, assassinada na porta da residência, em Niterói, por dois policiais militares) – disse o repórter.

Carvalho conta que os juízes não se sentiram constrangidos e incomodados com a reportagem. Segundo ele, os magistrados se mostraram solícitos e aptos a falar, e deram detalhes sobre a rotina da profissão. Eles mostraram documentos nunca expostos antes por falta de espaço na mídia.

– Eles (os juízes) justificaram o cargo que possuem, tiraram um pouco da pompa que um juiz, federal ou não, tem no Brasil, de marajás, salários altos, que têm uma vida boa. É um ônus forte comprometer a privacidade da família e a vida - diz.

Edição 270

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