Entre a maioria francesa, quatro meninas armavam os colchões de ar para pernoitar na "Princesinha do Mar". As irmãs Nina, 19 anos, Lisa, 21, e Linda Yaramis, 24, e a amiga da família Sibel, 30, não eram intrusas naquele grupo. Como todos ali, queriam mostrar que os assírios estão vivos. Mesmo após séculos de perseguições e migrações, "o povo de Abraão", como elas se denominam, originário da antiga Mesopotâmia, resiste. E elas vieram para a Jornada dar dois testemunhos: de existência e de fé.
Segundo as meninas, os assírios não têm um lugar demarcado territorialmente, o que faz com que fiquem espalhados pelo mundo. O povo assírio carrega as tradições consigo. Eles falam aramaico, a língua de Cristo, levam a bandeira assíria para todos os lugares e transmitem a religião cristão-católica de geração em geração.
Com um senso de humor bem apurado, a irmã mais nova Nina, disse se sentir acolhida pelo povo brasileiro para expressar sua fé, diferentemente do que acontece na Bélgica, mas deixou escapar uma reclamação.
– Estamos dormindo numa sala de aula do Colégio Notre Dame, com mais 15 meninas e estamos sempre atrasadas, porque elas ficam retocando a maquiagem ou escolhendo e trocando toda hora a roupa para sair. Mas fora isso, está tudo maravilhoso – brincou.
Especial JMJ