O ‘povo de Abraão’ na Jornada
15/08/2013 19:38
Rodrigo Zelmanowicz/Foto: Renata Spolidoro

Vigília de Oração - Especial JMJ

Mais de três milhões de peregrinos se reuniram na Praia de Copacabana para participar da Vigília, no dia 27 de julho. Em meio à multidão que aos poucos levantava acampamento na areia, mais de cem jovens chamavam a atenção hasteando bandeiras pouco comuns. Vindos da Paróquia St. Thomas, de Paris na França, eles representavam a Assíria.

Entre a maioria francesa, quatro meninas armavam os colchões de ar para pernoitar na "Princesinha do Mar". As irmãs Nina, 19 anos, Lisa, 21, e Linda Yaramis, 24, e a amiga da família Sibel, 30, não eram intrusas naquele grupo. Como todos ali, queriam mostrar que os assírios estão vivos. Mesmo após séculos de perseguições e migrações, "o povo de Abraão", como elas se denominam, originário da antiga Mesopotâmia, resiste. E elas vieram para a Jornada dar dois testemunhos: de existência e de fé.

Segundo as meninas, os assírios não têm um lugar demarcado territorialmente, o que faz com que fiquem espalhados pelo mundo. O povo assírio carrega as tradições consigo. Eles falam aramaico, a língua de Cristo, levam a bandeira assíria para todos os lugares e transmitem a religião cristão-católica de geração em geração.

Com um senso de humor bem apurado, a irmã mais nova Nina, disse se sentir acolhida pelo povo brasileiro para expressar sua fé, diferentemente do que acontece na Bélgica, mas deixou escapar uma reclamação.

– Estamos dormindo numa sala de aula do Colégio Notre Dame, com mais 15 meninas e estamos sempre atrasadas, porque elas ficam retocando a maquiagem ou escolhendo e trocando toda hora a roupa para sair. Mas fora isso, está tudo maravilhoso – brincou.

Especial JMJ

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