Laís Cavalcante e Maíra Fattorelli representam a Universidade em competição internacional

Cristal Tovar, 33, é deficiente visual e moradora de rua do Estado de Exclutia. Por meio do programa do governo Acolhendo nossos indigentes, ela foi levada para o centro estatal La Casita, um abrigo velho e com poucas condições de higiene. Diagnosticada com depressão, considerada uma forma de deficiência mental, Cristal foi interditada completamente. A diretora do centro ficou responsável por ela e receitou diversos remédios. Cristal apresentou reações adversas aos medicamentos e teve de ser internada no hospital. Lá, ela contou à enfermeira Ângela a forma como era tratada no centro. Ângela contatou a irmã, que é advogada e trabalha para uma organização de direitos humanos de pessoas com deficiência, que decidiu entrar com uma ação na Justiça.

Esse é o caso fictício que as alunas de Direito Laís Cavalcante e Maíra Fattorelli, do 5º e 9º períodos respectivamente, apresentaram na Human Rights Interamerican Moot Court Competition. A disputa foi realizada na American University, em Wahington, DC, EUA, entre os dias 18 e 23 de maio. A dupla representou o Departamento de Direito, atual campeão da competição.

Na disputa, as alunas entraram com duas ações contra o Estado de Exclutia: uma para questionar a interdição de Cristal e outra alegando que as condições do Centro atentavam contra os direitos das pessoas portadoras de deficiência que lá residiam.

De acordo com a orientadora das estudantes e aluna do mestrado, Juliana Streva, na competição não há um veredicto do júri. O vencedor é escolhido por quem apresenta os melhores argumentos. Ano passado, a PUC foi a primeira universidade brasileira a vencer a disputa.

Para um melhor desempenho no torneio, foi realizado, nos dias 7 e 8, um júri simulado com professores do Departamento. Eles representaram juízes da Corte Interamericana de Direitos Humanos.