Intitulado “Qual o sabor tem o seu Rio? ”, o estande sobre o costume de beber sucos mostra que o hábito vai além de uma rotina em busca de uma vida saudável. Para o expositor Vinicius Rodrigues, é uma experiência que só o carioca tem.
- Tomar suco no Rio de Janeiro é sempre uma experiência. Quando vai à praia tem a água de coco, quando se quer conversar com os amigos tem o açaí, quando se vai à Lapa tem a caipirinha. São passeios que têm a cidade como pano de fundo e suas paisagens – ressalta.
O estande também utilizou a tecnologia para entreter quem passasse pela exposição, com uma mesa interativa, em que algumas frutas imitam as setas de um teclado de computador, e uma televisão que mostra o panorama da cidade do Rio de Janeiro em 360º graus. Os curiosos em mexer no programa podem tocar nas frutas que ficam distribuídas em uma mesa e, ao movimentá-las para os lados, para cima e para baixo, é possível observar a cidade de diversos ângulos.
As bicicletas que compõem o cenário da cidade também estão expostas para mostrar a mobilidade urbana da cidade. Uma ciclovia foi montada nos pilotis, com diversos modelos de bicicletas que representam os diferentes cariocas que andam diariamente pela cidade. Em destaque, está a bicicleta em bambu chamada de bambucicleta, produzida na Universidade em 1995 pelo ex-aluno de Design Flavio Deslandes. Os expositores também colocaram a frase “Não há bicicleta aqui. Ela foi roubada. E Jaime foi morto a facadas”, em manifesto à morte do ciclista Jaime Gold, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no dia 19 de maio. Max Denvir, integrante do grupo, explica que a ideia é expor o Rio do futuro, onde as bicicletas, para ele, serão o principal meio de transporte da cidade.
- O estande representa o Rio que nós vemos no futuro. Nós estamos falando sobre mobilidade urbana. Como imaginar o Rio para o futuro. Cada bicicleta representa as identidades do carioca, um arquétipo diferente de quem vive na cidade e usufrui desse meio de transporte. Desde o pai que vai levar o filho na escola, o jovem que vai à faculdade ou o esportista que precisa de uma bicicleta mais robusta.
Outro cenário bem conhecido e amado pelos cariocas, as praias ganharam um estande que tem atraído os estudantes. Com boias e guarda-sóis coloridos, os visitantes aproveitam para relaxar no local, como se estivessem na praia. Nem o vento frio do campus espanta os saudosos pelo verão.
As novelas do Manoel Carlos, que têm o Rio de Janeiro como principal cenário e personagem, também são destaques da exposição. O estande imita uma sala de casa, com uma TV que exibe cenas de novelas do autor, além de fotos de personagens que ficaram marcados na mente do carioca, como Luciana e Miguel de Viver a Vida, interpretados pela Aline Morais e Mateus Solano. Uma das responsáveis pelo espaço, Taiane Folster entrevistou Manoel Carlos, que contou escolher o bairro do Leblon para ambientar núcleos das novelas porque reside no bairro e o conhece muito bem. Ela explicou ainda que a escolha pelo tema novelas ocorreu pelo interesse que o carioca tem em novela e em televisão.
- Decidimos mostrar um pouco das novelas do Manoel Carlos porque ele ama o Rio como carioca. O Leblon, principalmente, porque está sempre em suas novelas.