I Manhã com AEDP- NeuroPsicoTerapia
22/06/2015 11:33
Giulia Saletto/ Foto: Matheus Salgado

O Departamento de Psicologia da Universidade promoveu uma série de palestras, em associação com o Instituto de AEDP Brasil, no dia 19 de junho.


Cada vez mais tratamentos terapêuticos ganham visibilidade como opção para ajudar pacientes com diferentes tipos de problemas. Enquanto antigamente só se acreditava na medicina tradicional, o uso da terapia e estudo da mente se tornaram grandes aliados no tratamento pessoal, como demonstra a NeuroPsicoTerapia. Para abordar o tema, o Departamento de Psicologia da Universidade promoveu uma série de palestras, em associação com o Instituto de AEDP Brasil, no dia 19 de junho, no auditório do RDC.

O termo NeuroPsicoTerapia vem da tradução de AEDP – Accelerated Experiential Dynamic Psychotherapy, um modelo teórico e clínico de psicoterapia desenvolvido por Diana Fosha, do AEDP Institute of NY. Essa terapia tem como aspecto principal a união entre a mente e o corpo, tratados como um só. Na prática, o intuito é observar os processos do corpo (Neuro) e as conexões que são feitas com os processos mentais (Psico) que pretendem ser tratados (terapia).

A Professora Regina Pontes, também coordenadora do Instituto e certificada pelo AEDP Institute of New York, abriu o encontro com uma introdução sobre a técnica e metodologia dessa prática. De acordo com a professora, a NeuroPsicoTerapia tem o foco no processo de transformação do paciente, baseado na experiência emocional que é profundamente processada pelo corpo. Ela explica que essa abordagem terapêutica tem como intenção criar um ambiente de conforto para o paciente, acompanhado de alguém que ele sinta uma conexão verdadeira, nesse caso o terapeuta, para tratar de sentimentos.

- A conectividade é um imperativo biológico, e a qualidade da conexão estabelecida já é transformadora. Como terapeuta nossa intenção é conectar com o paciente, explorar afetos dolorosos que de forma regulada permitem criar novas experiências. Por exemplo, o paciente pode chegar com um trauma ou experiência dolorosa e no final da consulta, ele pode desenvolver uma outra perspectiva sobre essa experiência – conta Regina.

A professora, que também pratica a NeuroPsicoTerapia, acredita que ao criar uma conexão com o paciente, é capaz de tratar problemas emocionais e com isso garantir um momento de transformação para o paciente. Dentro de um ambiente correto e com uma pessoa verdadeira, a resistência do paciente diminui e ele é capaz de compartilhar sentimentos bons e ruins.

- O terapeuta, ou o facilitador do afeto como gostamos de chamar, deve encontrar o paciente com aceitação, compaixão e ternura. Sempre dar boas-vindas a todas as experiências que emergirem no processo, seja de alegria, tristeza ou vergonha. O terapeuta sempre observa transformações pequenas que podem ocorrer durante o processo, o mais importante é não deixar que um momento de transformação seja perdido.

Além de Regina, a sessão também contou com a presença de outra supervisora certificada do AEDP de NY, Maria Cândida Soares, que tratou das relações humanas como o maior recurso para transformação. O Instituto de AEDP no Brasil oferece cursos e programas para os interessados na prática, além de um atendimento comunitário que promove um trabalho social e possibilita a prática clínica dos participantes dos cursos.

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