Panofski e Argan em palestra sobre a história da arte contemporânea
22/04/2007 12:00
Gisele Valente



A ligação entre a história da arte e a história das civilizações foi tratada pela professora Ângela Ancora da Luz, diretora da Escola de Belas Artes da UFRJ, nesta sexta-feira, 20. A palestra fez parte do projeto História às Sextas, organizado pelo Departamento de História. Ângela falou sobre as opiniões dos historiadores Erwin Panofski e Giulio Argan sobre as formas de história e como cada historiador exerce seu papel.

 

Para o alemão Panofski, o historiador de arte é um humanista e seus documentos são os monumentos que estuda. Já os documentos do historiador comum são seus arquivos. Mas o ponto em comum entre eles é que devem recriar os objetos que estudam, e para isso precisam recorrer as idéias e não trabalhar de modo imediato, como um pesquisador da área de exatas, por exemplo.

 

Guilio Argan, segundo Ângela, funcionou como um marco na aproximação entre história da arte e história das civilizações. Para o cultuado historiador, no mundo contemporâneo não existe diferença entre o crítico de arte e o historiador, já que a arte atual exige uma posição critica do historiador.

 

Ângela destacou que, durante o século XIX, as “histórias” sofreram um engessamento devido ao predomínio do positivismo, que eliminou toda a possibilidade de uma reflexão abstrata, mas que, no momento atual, o que vemos é a busca de novas reflexões e percepções. Ao final da palestra, a professora mostrou algumas obras de arte para a turma, para ilustrar melhor o período da arte contemporânea.

 

Edição 185 - Plantão