PUC-Rio recebe novos alunos em dia de acolhimento e informação
06/03/2017 18:54
Ana Clara Silva, Bell Magalhães, Camila Gouvea, Dóris Corrêa, Giulia Vertematti, Gustavo Côrtes, Raul Pimentel e Gabriela de Vicq

Universidade abriu a semana de aulas com o “Meu Primeiro Dia na PUC”. Estudantes foram recebidos no Ginásio, conheceram campus, assistiram a palestras e tiraram dúvidas sobre seus respectivos cursos, além de acompanhar missa.

O Reitor da PUC, padre Josafá, na recepção aos calouros. Foto de Dóris Duque

A Universidade abriu a semana com a tradicional recepção aos calouros nesta segunda, 6, com o “Meu Primeiro Dia na PUC”. Estudantes foram recebidos no Ginásio, de onde partiram para conhecer a universidade, assistir a palestras e tirar dúvidas sobre seus respectivos cursos, além de acompanhar uma missa celebrada na Igreja do Sagrado Coração de Jesus.

O dia começou às 9h para os cerca de 300 novos alunos do Centro Técnico Científico (CTC), que abrange Ciência da Computação, Engenharias, Física, Matemática, Química e Sistemas de Informação. O professor Luiz Alencar da Silva Mello, decano do centro, recebeu os cerca de 300 calouros no Ginásio apresentando informações sobre os cursos.

O Reitor da PUC-Rio, padre Josafá Carlos de Siqueira, deu boas-vindas aos alunos, ressaltando a história de excelência e os prêmios da Universidade, eleita pelo segundo ano consecutivo a melhor instituição privada do país. Antes, foi apresentado um vídeo institucional da Universidade, com depoimentos de alunos, professores e coordenadores falando sobre a PUC, as experiências e oportunidades.

- Este ano completamos 66 anos desde a criação da universidade. A PUC-Rio é comunitária, temos hoje 12.800 alunos de graduação, sendo que 6.200 bolsistas, nenhuma outra universidade do país oferece tantas bolsas de estudo. Entrando no site da PUC é possível ver os dados do UI GreenMetric World University Rankings 2016, em que ficamos em terceiro lugar no Brasil, considerando instituições públicas e privadas, e em primeiro lugar entre as privadas. 

Monitora orienta calouros do CTC. (Foto: Fernanda Szuster)

O decano do CTC, por sua vez, enfatizou que as Engenharias estão em momento de valorização no mercado de trabalho: “Ainda faltam engenheiros no Brasil, e a construção estará em alta nos próximos anos”.

Filha e irmã de profissionais formadas na PUC, Beatriz Resende, de 17 anos, entrou para Engenharia Civil e afirmou estar com alta expectativa:

– Sempre quis estudar Engenharia, sempre quis a área de Exatas, e acredito que a PUC é uma universidade incrível. Minha mãe e minha irmã estudaram aqui, elas falam muito bem daqui. Minha expectativa é grande, acho que vou gostar bastante.

Caloura de Engenharia de Nanotecnologia, Luisa Couto, de 17, ressaltou a importância da inserção das mulheres nos cursos de Engenharia:

– Acho que deveria haver mais engenheiras mulheres. Mas eu já esperava por essa maioria masculina, até porque nos cursos preparatórios que fazíamos já separavam o pessoal de engenharia, e a maioria era homem.

As alunas Luisa Couto (á esquerda) e Beatriz  Resende (ao centro) na recepção aos calouros do CTC no Ginásio. Foto de Dóris Duque

O decano do CTC ressaltou a importância do estudo e dedicação fora das salas de aula e comentou:

– Estes vão ser anos de muito trabalho, mas também são os mais divertidos. Vão ser os anos de que vocês vão se lembrar para o resto da vida.

Ao meio-dia, os alunos foram à Igreja Sagrado Coração de Jesus, assistir à missa celebrada pelo padre Luís Corrêa Lima, professor do Departamento de Teologia.

O reitor da igreja, padre Alexandre Paciolli, deu boas-vindas e disse palavras de incentivo aos novos estudantes, ressaltando a diversidade religiosa da PUC e a importância do diálogo no universo acadêmico.

Missa na Igreja Sagrado Coração de Jesus. Foto de Dóris Duque

Após a missa, os calouros foram convidados a participar de uma rápida atividade no subsolo da igreja, Integrante da equipe da Pastoral Anchieta, por Walmyr Júnior apresentou a Pastoral, que tem como objetivo suscitar valores éticos, humanos e cristãos na juventude universitária. Na recepção do CTCH, Walmyr também apresentou os programas oferecidos pela Pastoral, como o Projeto de Vida, o Papo Universitário, o Pré-Vestibular Comunitário e o Sebo da Troca de Livros.

À tarde foi a vez de os novos alunos do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH) e do Centro de Ciências Biológicas (CCBM) conhecerem mais sobre a universidade e seus cursos, também no Ginásio, às 13h30. Às 14h30, os alunos do Centro de Ciências Sociais também foram recepcionados pelo professor Luiz Roberto Cunha, decano do CCS.

Os alunos do CTCH foram recebidos pelo Vice-Decano do CCS, Marcelo Andrade, que explicou a estrutura acadêmica da universidade e deu orientações práticas aos calouros, como fazer o cadastramento e navegar no PUC Online e tirar a carteira universitária na DAR.

Andrade pediu que os novos integrantes da PUC zelem por seus históricos escolares, ressaltando a importância do Coeficiente de Rendimento (CR), fundamental para obter bolsas, bons horários de matrícula e intercâmbios internacionais.

­– A Universidade tem muitas oportunidades: agarrem-nas. Ela também tem alguns problemas: ajudem-nos a resolver, comentando e reclamando. Vamos juntos transformar a PUC em um ambiente ainda mais aberto. Ela já vez, cada vez mais, sendo uma Universidade plural e diversa, que atende pessoas de diferentes segmentos da sociedade e de diferentes regiões do estado ­– declarou o Vice-Decano do CTCH.

Andrade apresentou ainda órgãos de apoio aos alunos, como a Vice-Reitoria Comunitária, que oferece bolsas e atividades culturais. Também foram mencionados o Rio DataCentro (RDC), o Centro de Pastoral Anchieta, a Divisão de Bibliotecas e Documentação (DBD) e a Rede de Apoio ao Estudante (RAE) – que, por sua vez, conta com núcleos como o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) e o Núcleo de Orientação e Atendimento Psicopedagógico (NOAP), atuando como mecanismos de suporte para que todos possam ter um melhor desempenho dentro da vida acadêmica.

Em seguida, integrantes do novo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e dos coletivos Madame Satã, Nuvem Negra, Vila e Bastardos subiram ao palco do Ginásio para se apresentar aos novos alunos.

– Hoje começamos a colocar em prática um projeto político constituído pela diversidade, que assume um compromisso com a formação acadêmica, com a militância política a favor do corpo estudantil e, principalmente, com grupos menos favorecidos pelos sistemas político, econômico e educacional, que hoje dominam as relações de produção da nossa vida – afirmou o aluno de Ciências Sociais Pedro Martins, representante do DCE.

Após a recepção no Ginásio, os calouros foram divididos e direcionados às salas específicas para conhecer os coordenadores e mais detalhes de seus respectivos cursos.

Na Comunicação, destaque para ofertas de estágio

A reunião do Departamento de Comunicação Social com os calouros teve como objetivo explicar o funcionamento do departamento, da grade curricular de cada habilitação ­– Publicidade e Propaganda; Jornalismo e Cinema –, além de orientar os novos alunos no início da jornada dentro da vida acadêmica. Nos encontros, conduzidos pelos professores Arthur Ituassu e Patrícia Maurício, foram apresentados o fluxograma da graduação especificando as matérias do módulo comum, ou seja, que são comuns aos três cursos, os projetos experimentais e as disciplinas eletivas dentro e fora do departamento.

As possibilidades de estágio dentro da PUC foram destacadas pelos professores, incluindo estágios do Projeto Comunicar e os programas de bolsa em iniciação científica (Pibic), assim como a importância das atividades complementares, que têm como objetivo enriquecer o aprendizado no meio acadêmico. Ituassu destacou a importância do curso de Comunicação especialmente nos dias de hoje, “ainda mais em um ambiente de redes sociais, onde todo mundo pode produzir tudo”, e reforçou o valor da formação em jornalismo mesmo vigorando a não obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão, questão levantada por uma aluna: “A demanda por profissionais continua a mesma, independentemente da necessidade do diploma”.

O professor Arthur Ituassu com alunos de Comunicação. Foto de Fernanda Szuster

Economia terá aula magna nesta terça

O encontro dos calouros de Economia da PUC-Rio com a coordenadora do curso, professora Maria de Nazareth Maciel, na sala F300 do Edifício da Amizade, apresentou o departamento e a Universidade aos alunos recém-chegados, que começarão seu ciclo de estudos nesta terça-feira, 7, quando o economista líder da prática global de Pobreza e Igualdade do Banco Mundial, Emmanuel Skoufias, ministrará Aula Magna no auditório do RDC, às 9h. Especialista em combate à pobreza, Skoufias coordenou um estudo que indica o aumento de pessoas pobres no Brasil de 17,3 milhões para 19,8 milhões entre 2015 e 2017. Se confirmado, a parcela pobre da população, que vinha se reduzindo desde 2004, se elevará de 7,4% para 10%.

Maria de Nazareth destacou que o contato dos alunos de economia da PUC-Rio com formuladores de políticas econômicas é o grande diferencial da Universidade, lembrando que a PUC tem em seu quadro de professores o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga e Gustavo Franco, Carlos Viana e Tiago Berriel, que estão no BC agora, e Sérgio Besserman.

– Eu falo para os alunos aproveitarem ao máximo o contato com essas pessoas inteligentes e experientes que podem acrescentar muito à formação deles. O departamento é pequeno, temos cerca de 400 alunos, então dá para todo mundo aproveitar bastante.

Maria de Nazareth e Maria Oaquin, membro do Centro Acadêmico de Economia, ressaltaram a importância da monitoria, principalmente a de cálculo, matéria que costuma ser a mais difícil para os alunos do primeiro período, que estão acostumados com a matemática do Ensino Médio, lembrou a coordenadora do curso:

– Já recebi na minha sala alunos chorando por causa de uma nota ruim em cálculo. Mas é importante estudar, comparecer à monitoria e não desistir por causa de uma nota baixa. A vontade que dá é de passar dias inteiros nos pilotis durante o primeiro período, mas, embora tenha muita coisa para se aproveitar na interação com os colegas nesse início de curso, é preciso focar nos estudos.

Ao final da reunião, foram distribuídos CDs com uma coletânea de textos, artigos, palestras e apresentações do professor e um dos fundadores do departamento Dionísio Dias Carneiro, morto em 2010, formulador de políticas econômicas e colaborador de projetos de estabilização da economia brasileira, inclusive do Plano Real.

No Direito, orientações sobre ênfases

O encontro com os coordenadores do Departamento de Direito foi no Auditório B6, onde a professora e coordenadora Caitlin Sampaio Mulholland e a professora e coordenadora-adjunta Thula Pires, em clima descontraído, receberam os novos alunos dando um plano geral da estrutura do curso.

– Se tudo der certo, o curso dura cinco anos para quem estuda no diurno, e cinco anos e seis meses no noturno. Nos três primeiros anos vocês estudam matérias de informação geral – na área de história, política, antropologia, por exemplo –, enquanto no período restante vocês escolhem uma ênfase, que pode ser direito penal, empresarial, contencioso, e em estado e sociedade.

Thula Pires e Caitlin Sampaio Mulholland. Foto: Fernanda Szuster

As coordenadoras usaram as sessões informativas do site do Departamento de Direito para auxiliar os alunos em possíveis dúvidas. Também houve grande estímulo à participação dos calouros em atividades além das aulas tradicionais, como grupos de pesquisa, palestras e estágios.

Ciências Biológicas recebeu calouros no Bosque

Os calouros de Ciências Biológicas tiveram seu encontro com a coordenação do curso no Auditório Junito Brandão, no Bosque. A professora Rejan Rodrigues Guedes-Bruni, coordenadora do departamento, falou das recentes mudanças no mercado de trabalho para formandos do curso.

– O mercado de biologia mudou desde os anos 1970, 80 e 90. A área de atuação se ampliou. Não se trata mais de apontar o que deve ser preservado, mas de entender melhor e trabalhar com manipulação de lixo, material genético, e como lidar com divisão de espaços no ambiente urbano e rural.

Ela também buscou desconstruir o estigma da PUC como “universidade de ricos e burgueses”, destacando que o convívio pelo campus traz contato com pessoas de diferentes classes sociais, principalmente devido à grande quantidade de bolsas e financiamentos de estudo oferecidos. Representantes do Centro Acadêmico (CA) também tiveram um momento para falar, informando aos calouros sobre os principais pontos de encontro da universidade e sobre o trote, tradicional rito de iniciação na universidade.

Relações Internacionais: oportunidade de formação continuada em curto prazo

O encontro com a coordenação de Relações Internacionais foi aberto por Marta Fernández, diretora do curso. Além de dar as boas-vindas, a professora ressaltou que o curso é um dos melhores do país, tendo recebido cinco estrelas do Guia do Estudante.

A professora Paula Sandrin, coordenadora da Graduação, falou da estrutura do curso. Destacou a realização do Prêmio Gerson Moura, onde são escolhidos os melhores TCCs e da oportunidade de cursar o mestrado ao final do período de graduação.

Caso os alunos comecem a fazer disciplinas do mestrado ainda em período de graduação, já ingressam no mestrado. Logo, é possível sair com dois diplomas em cinco anos (quatro anos na graduação e um no mestrado). O professor Paulo Esteves destacou os convênios entre a PUC-Rio e The Graduate Institute, em Genebra, e a George Washington, nos EUA.

O professor Paulo Esteves apresenta o BRICS Policy Center

Também aproveitou para falar sobre o BRICS Policy Center, do qual é supervisor e coordenador. É um projeto criado em 2011, em parceria com a Prefeitura do Rio, voltado para atividades aplicadas ao estudo de políticas internacionais.

– Trabalhamos com pelo menos cinco áreas: resolução de conflitos e imediações, cooperação internacional para o desenvolvimento, socioambiental, desenvolvimento urbano e inovação, ciência e tecnologia. O projeto reúne professores do Instituto, alunos de pós-graduação e de graduação. É o engajamento com os atores que estão produzindo decisões nessas áreas de política internacional.

Esteves ressaltou ainda que o projeto foi ranqueado nos últimos três anos, como o nono melhor Think Tank (instituições atuantes no campo dos grupos de interesse, produzindo e difundindo conhecimento sobre assuntos estratégicos) afiliado com universidades, competindo com Harvard e London Economics.

Bruno Magalhães, coordenador da iniciação científica, apresentou aos calouros as oportunidades de pesquisa que o Instituto oferece: PET TEPP  e o Pibic. O primeiro dá a chance aos alunos de graduação de uma formação mais intensiva no campo de pesquisa científica em Relações Internacionais. O segundo dá a chance aos alunos de participarem de pesquisas científicas junto a um professor do Instituto. Ambos os programas são financiados, ou seja, os alunos recebem bolsa de 30% na mensalidade.

Os alunos têm a chance ainda de publicar artigos científicos na revista Cadernos de Relações Internacionais. “Pensar em um tema e publicar um artigo com um grau de qualidade exigido pelo Instituto é algo que vai contar muito”, ressaltou.

Mais Recentes
Os vários papéis da polícia no Mundo Atlântico
Encontros da História da PUC-Rio reuniram palestrantes da Itália, México e Brasil
O 'Solidarismo' e os tempos atuais
Obra de Pe. Ávila é relançada em seminário na PUC-Rio
Alunos terão desconto em moradia universitária
PUC-Rio fechou parceria com Uliving, maior rede deste tipo de serviço no país