Sushimar, e Clerton Neves, do JapaWay
Inaugurada no dia 20 de agosto, a temakeria funciona ao lado da lanchonete FastWay, nos pilotis da Ala Kennedy, das 11h às 23h. O menu conta com cones frios e doces. "O Filadélfia (salmão com cream cheese e cebolinha) é o mais pedido pelos clientes", conta o funcionário César Neres. De acordo com André Ewald, dono da lanchonete, se a procura for grande, eles podem começar a pensar em mais variedades.
Desde que chegou ao Rio, na década de 70, a culinária japonesa ganhou novos adeptos e, atualmente, existem mais de 97 restaurantes na cidade, segundo levantamento do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes, feito no início do ano. Apesar da atual popularidade, donos de estabelecimentos dizem que o preço, normalmente alto, não mudou muito.
– O JapaWay é uma opção para quem gosta de comida japonesa e não quer gastar muito. Aqui, um lanche pode sair por menos de R$ 10. Em um restaurante normal, o gasto seria muito maior, diz André.
Mas esta não é a única opção para quem gosta de molho shoyu na comida. No restaurante Couve Flor, que funciona há sete anos no campus, quem não se satisfaz apenas com temakis pode se deliciar com pequenas porções de sushis e makimonos. "Não temos uma variedade maior por causa do espaço, que é limitado. O ideal seria uma bancada exclusiva para a culinária japonesa, que exige um cuidado especial", explica a sócia-gerente Raminha Marques.
A preocupação com a segurança alimentar é fundamental para garantir uma clientela fiel. A "crise do salmão", no início de 2005, afetou em 30% o movimento do Sushimar, o primeiro restaurante do gênero na Gávea. Na época, o consumo de peixe cru foi apontado como possível responsável por casos de verminose em São Paulo e no Rio de Janeiro. Aberto em junho de 1991, o restaurante manteve seu funcionamento graças à confiança de seus clientes, que receberam folhetos explicativos sobre a boa qualidade e conservação do salmão, importado do Chile.
O charmoso restaurante, com decoração inspirada em mangás (desenhos japoneses), não incluía temakis no cardápio. Depois da inauguração da Koni Store, em dezembro do ano passado, no Leblon, e da atual febre dos cones, eles passaram a oferecer diversos tipos de temakis no rodízio e no buffet.
– A culinária japonesa está na moda por ser saudável. Muitas pessoas que não gostavam da idéia de comer peixe cru acabaram experimentando, para não se sentirem excluídos, ao acompanhar amigos ou namorados nos restaurantes, comenta Cláudia Jundi Ribeiro, dona do Sushimar.
A partir de agora, quem quiser, pode ter um novo acompanhante nos pilotis, seja ele de arroz e salmão, ou de mascarpone com goiaba.
Jornal 190