O Encontro de Econofísica 2007, realizado no dia 9 de novembro, apresentou um panorama da área que, como o nome indica, aplica conceitos da Física no mercado financeiro. A programação atraiu 150 participantes, entre pesquisadores e estudantes, ao auditório do RDC, que permaneceu cheio durante a maior parte do dia. O principal destaque da manhã foi a palestra A insustentável leveza dos conceitos entrópicos e suas aplicações em Econofísica, do físico Constantino Tsallis, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (Cbpf). Das 9h às 20h30m, os palestrantes mostraram como o mercado brasileiro está começando a absorver um novo tipo de profissional.
De acordo com Fábio Bretas, da empresa Phynance, as bolsas dependem cada vez mais da automação. "Cinqüenta por cento do mercado deve ser controlado por máquinas até 2010", disse. A área acadêmica é responsável pelo desenvolvimento de métodos que podem ser usados nas análises de bolsas de valores. O resultado é o crescimento da participação de físicos, astrofísicos e matemáticos em fundos de investimentos.
Bretas apresentou tendências
Tentar minimizar riscos é um dos grandes desafios que os profissionais enfrentam. "As próprias tecnologias que deveriam mitigar riscos acabam por se tornar novos fatores de risco, já que modificam a forma de interação entre o agente e o ambiente", explicou Bretas. O mestre em Econofísica Marcus Vinícius Moldes Tavares, do Instituto de Física da UFF, explicou que trabalhar na área demanda sacrifício e esforço. A recompensa, especialmente financeira, é grande. "Vale a pena os estudantes investirem nesta área", garantiu.