Os departamentos de Arquitetura, Serviço Social, Direito e Psicologia serão alguns dos beneficiados. Além de uma oportunidade profissional, os estudantes conhecerão um universo diferente do seu. O modelo arquitetônico desses internatos, por exemplo, é semelhante ao de presídios. Para Gameleiro, os institutos deveriam mudar essa imagem e a Universidade poderia ajudar, reafirmando sua vocação educacional.
– Eu acho que tem que ser um modelo de escola, com a consciência de que esses adolescentes não podem abrir a porta e sair. Esse projeto não dá para ser concebido no âmbito do Estado, que quer construir presídios. Também não dá para ser um tipo de arquitetura em que pensemos que não vá haver nenhum tipo de vandalismo. Tudo que se pensa vira arma e vira mesmo, explicou o diretor.
Para Maria Helena Zamora, professora do Departamento de Psicologia e participante do convênio, essa será uma oportunidade de os meninos e meninas receberem apoio e assim transformarem suas vidas.
– Os adolescentes poderão cumprir suas medidas socioeducativas em melhores condições, com um caráter realmente pedagógico, que é a chave para a mudança de suas vidas. Basta pensar que 90% desses rapazes nem sequer concluíram o ensino fundamental, não têm perspectivas de trabalho e vivem em condições de grande pobreza. Certamente vão se sentir envolvidos nessa iniciativa, assinalou Maria Helena.
Edição 201