O câncer é a segunda doença que mais mata no mundo. No Brasil, é a principal causa de morte entre pessoas de 15 a 19 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Com o aumento dos estudos e do conhecimento dos diferentes tipos de câncer, o tratamento, que antes era predominantemente cirúrgico, passou a ser personalizado, de acordo com as necessidades de cada caso.
Práticas como a terapia vetorial são utilizadas para atender exatamente o que o paciente precisa. Segundo diretora-geral do INCA, Ana Cristina Pinho, o instituto passou por importantes transformações e hoje foca na customização do tratamento, na qual cada paciente é analisado individualmente na busca da melhor forma de intervenção.
- O problema da quimioterapia e da radioterapia é que elas destroem não só a célula tumoral, mas também as sadias em volta. A terapia vetorial, individualizada, é a maneira mais específica possível para você selecionar o ataque apenas àquela célula tumoral, conservando as células saudáveis – explica Ana Cristina.
Todo o processo demanda um planejamento detalhado. A doença é relacionada diretamente ao aumento da expectativa de vida. Pacientes em estado clínico mais grave não devem receber alguns tipos de tratamentos mais fortes, como por exemplo, idosos que já têm outros problemas cardíacos ou pulmonares. A diretora do instituto explica que, apesar dos avanços nas pesquisas, ainda é preciso mais estudos.
- O câncer, hoje, é a segunda causa de mortalidade no mundo, e em alguns países já é a primeira. Ele superou até as doenças cardiovasculares. A previsão é que, a partir de 2030, será a primeira causa de mortalidade na maior parte do mundo. Por isso, a demanda por mais conhecimento e melhores tratamentos para controlar o câncer é necessário. O Inca, por exemplo, caminha nessa direção e tem uma coordenação específica voltada para essa pesquisa.
Ana Cristina Pinho participou do Simpósio de Tecnologia e Inovação em Saúde, uma parceria da PUC-Rio com o INCA, na quinta-feira, 21. Na abertura do encontro, estiveram presentes o Decano do Centro Técnico Científico (CTC), professor Luiz da Silva Mello e o Decano do Centro de Ciências Biológicas e de Saúde (CCBS), professor Hilton Koch. Participaram das mesas também médicos do Instituto e professores da Universidade.