O II Prêmio CTCH de Teses foi oferecido a oito alunos da pós-graduação na quarta-feira, 28, em uma cerimônia no campus. Foram sete teses de doutorado e uma dissertação de mestrado, além de três teses indicadas para menção honrosa, todas de cursos que pertencem aos departamentos do decanato. Os trabalhos escolhidos correspondem a pesquisas realizadas nos anos de 2017 e 2018, e serão transformados em e-books em parceria com a Editora PUC e a Editora Numa.
O Decano do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH), professor Júlio Diniz, explicou que a escolha dos premiados é feita pelo coordenador de cada programa, sem interferência externa. Por isso, ele disse acreditar que a Universidade abraça valores importantes de tolerância e multiplicidade e reforçou o comprometimento da instituição com a busca pelo saber. O amor pela vida foi mencionado pelo professor como um combustível necessário para enfrentar tempos conturbados. Para ele, mostrar o fazer por meio do desenvolvimento de uma pesquisa é uma das formas de dizer sim à vida.
- Há um incêndio generalizado, particularmente em relação à inteligência e a capacidade crítica. Estamos vivendo um momento de profunda toxicidade. Essa Universidade é um lugar de produção de conhecimento, um lugar em que a inteligência, a racionalidade e a vida antecedem a destruição e a barbárie. Esse é o compromisso de nós todos. Independentemente de qualquer partido ou crença, o que deve estar no centro de toda e qualquer atividade acadêmica, em qualquer atividade cidadã e republicana, é a resistência.
Mestre em Arquitetura e Urbanismo, Manuela da Silva Ramos Müller foi premiada pela dissertação Schaulager, entre adesões e desvios: o emaranhar da arquitetura com atuação desviante de Cildo Meireles. Ela comentou que o processo de pesquisa foi árduo, mas ao mesmo tempo prazeroso porque o orientador, professor Otavio Leonídio, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, deu abertura para ela enfrentar os desafios. Ela ressaltou que um prêmio como esse é um estímulo para que a pesquisa continue a resistir no cenário nacional.
- Receber esse prêmio é mais do que uma conquista pessoal, é quase que uma vontade de convocar a sociedade a repensar o futuro. O fato de que a premiação acontece nesse momento político em que estamos vivendo no Brasil é uma oportunidade para entendermos qual é a relevância da educação na nossa cultura e no desenvolvimento social. Acho que é um estímulo para continuarmos a resistir e a existir.
As oito pesquisas vencedoras do prêmio são:
Schaulager, entre adesões e desvios: o emaranhar da arquitetura com atuação desviante de Cildo Meireles, de Manuela da Silva Ramos Müller (Orientador: Otavio Leonidio Ribeiro);
A formação visual do leitor por meio do Design na Leitura: livros para crianças e jovens, de Maíra Gonçalves Lacerda (Orientadora: Jackeline Lima Farbiarz);
Bebês e vínculos: relação, sutileza, reciprocidade e vínculo, de Maria Nazareth de Souza Coutinho (Orientadora: Sonia Kramer);
A cosmopolítica dos animais, de Juliana Fausto de Souza Coutinho (Orientadora: Déborah Danowski);
Histórias do tempo antigo com moralidades: uma análise diacrônica e sincrônica das reescritas da obra de Charles Perrault no Brasil, de Anna Olga Prudente de Oliveira (Orientadora: Marcia do Amaral P. Martins);
À escuta da língua inarticulada em Guimarães Rosa, de Luiza Novaes Telles Ribeiro (Orientadora: Helena Franco Martins);
Concepções de famílias para crianças: contribuições de análise do comportamento, de Ilana Camurça Landim Tavares (Orientadora: Juliane Callegaro Borsa);
Carnalidade, alteridade e liberdade: a humanização de Deus e as implicações antropológico-pastorais das cristologias de José María Castillo e Joseph Moingt, de Roberto Nentwig (Orientadora Lúcia Pedrosa de Pádua).
E as teses indicadas para menção honrosa são:
Accountability na Educação: Impactos do Prêmio Escola Nota Dez no sistema público de ensino no Ceará, Erisson Viana Correa (Orientadora: Alicia Maria Catalano de Bonamino);
De lagarta a borboleta: protagonismo de mulheres com câncer de mama em redes sociais, de Renata Martins Amaral (Orientadora: Maria das Graças Dias Pereira);
Capas de disco: modos de ler, Aïcha Agoumi de Figueiredo Barat (Orientador: Júlio Cesar Valladão Diniz).