Todos reconhecem que a formação acadêmica que a PUC-Rio da aos seus alunos é de excelente qualidade. Quando digo “além da formação acadêmica” não me refiro apenas à necessidade de uma formação ética e moral que uma Universidade como a PUC deveria também transmitir aos seus alunos, dada a sua inspiração cristã e católica: valores e princípios tão necessários no mundo e no Brasil dos nossos dias.
Hoje o mundo empresarial também precisa de atitudes e comportamentos que nem a formação puramente acadêmica, nem a formação ética e moral necessariamente transmitem. O empresariado precisa de colaboradores que, além de um excelente curriculum acadêmico, além de uma sólida formação ética e moral, tenham, não apenas atitudes “empreendedoras”, mas também outras qualidades humanas, como certa resiliência e capacidade para dialogar, isto é, a capacidade para apreciar e lidar com o diferente. Os responsáveis pelos RH de empresas acostumam dizer que contratam pela qualidade do curriculum, mas demitem pela falta de um comportamento adequado às necessidades da empresa.
Nem todos nascemos com todas essas qualidades. Porém, são qualidades e atitudes que também podemos aprender. Acredito, a esse respeito, que um maior diálogo entre os nossos antigos alunos que hoje dirigem empresas, ou são responsáveis pelo recrutamento e formação dos seus recursos humanos, e a nossa Universidade e os seus professores, poderia contribuir para enriquecer a formação que damos aos nossos estudantes.