Jovens se unem para dar voz à comunidade
11/05/2015 17:38
Ana Costa / Foto: Kita Pedroza

Jovens apaixonados por jornalismo se uniram para dar voz aos moradores da Rocinha e, dessa união, surgiu o Fala Roça, o jornal mais arretado do Rio, que tem um megafone como símbolo. O projeto é resultado da idealização do aluno de Comunicação Social da PUC-Rio Michel Silva, 21 anos, que queria criar um veículo impresso para homenagear as raízes nordestinas da favela sem excluir as questões sociais.

Michel Silva durante a distribuição do tabloide

Com uma tiragem de 5 mil exemplares, o jornal é distribuído gratuitamente pela comunidade. Ao lado da irmã, a publicitária Michele Silva, 26 anos, e da estudante de Jornalismo da PUC-Rio Beatriz Calado, 20 anos, Michel percorre as ruas da Rocinha para entregar o Fala Roça aos moradores, que colaboram e participam da confecção do tabloide, desde a etapa de sugestões de reportagens até a diagramação. Além da participação ativa na coluna “Da minha janela posso ver...”.

– As denúncias e as histórias chegam com as trocas de conteúdo durante as entregas. É importante dar reconhecimento aos moradores e mostrar o outro lado da favela. Aqui tem pessoas com histórias incríveis. – explica Michel.

Morador lendo o Fala Roça

 

A ideia do jornal surgiu em 2012. Com o apoio da Agência de Redes Para a Juventude, que oferece aos jovens da periferia ferramentas para serem agentes transformadores do território em que vivem, a equipe do Fala Roça pôde desenvolver o projeto. Em maio de 2013, uma festa típica nordestina marcou o lançamento da primeira edição do Fala Roça.

Michele silva distribui o jornal pela Rocinha 

De acordo com Beatriz, o objetivo é firmar o tabloide dentro da Rocinha e da cidade do Rio como um canal de comunicação comunitária.

– Pretendemos aumentar a tiragem do jornal e a capacidade de alcance, para que ele seja entregue a mais pessoas.

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