A sustentabilidade é um dos valores que norteiam a ideologia da Universidade, que criou, em parceria com a equipe de Pesquisa & Desenvolvimento da Light, uma usina fotovoltaica no teto do Museu Light da Energia, no Centro. A inauguração do projeto ocorreu no dia 25 de novembro, na sede da empresa, com a participação do Reitor, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., do presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, e de diversos professores da PUC e funcionários da corporação. A novidade da usina é a possibilidade de monitoramento, via internet, de cada placa do sistema, algo até então inédito na América Latina.
O sistema tem 102 painéis fotovoltaicos, que utilizam três tipos de tecnologias: amorfo, mono e policristalino. São produzidos, em média, 650 KWh por mês, quantidade equivalente ao consumo de cinco residências, o que consegue suprir parte da demanda de energia do Museu Light da Energia. O equipamento também será uma atração do museu, onde os visitantes poderão fazer um circuito com informações sobre o uso racional e eficiente de energia.
De acordo com o Reitor, o projeto vai na linha do que o Papa Francisco tem pedido aos cristãos: que prezem pela energia limpa, proveniente de outras matrizes energéticas. Padre Josafá ressaltou a importância da Light, que, segundo ele, é uma empresa de referência e que se abre para causas novas. Sobre a Universidade, o Reitor destacou o modelo de ensino interdepartamental desenvolvido pela instituição, que não trabalha de modo fragmentado – o projeto da usina, por exemplo, envolveu seis departamentos.
- Temos uma tradição de departamentos pequenos, mas de alta produtividade. As coisas pequenas e potenciáveis têm um valor muito grande. Uma das coisas boas que temos na PUC é a determinação. Nós sabemos aonde queremos chegar – comentou.
Os recursos para o projeto foram obtidos por meio de uma medida da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que determina que as empresas de energia invistam 1% da receita institucional líquida em atitudes inovadoras. Segundo o professor do Programa de Metrologia da PUC Maurício Nogueira Frota, a usina é algo “totalmente inovador”. Segundo ele, o sistema permite olhar o desempenho e medir qual é a tensão, a corrente e a potência que as placas estão gerando, além de outras informações de temperatura do substrato delas. Isso serve para pesquisadores estudarem o uso da energia solar sem ter que ir ao museu.
- Atualmente, um aluno meu, que reside nos Estados Unidos, está acessando e coletando dados para estudar o efeito de sombreamento parcial nos coletores – explicou Frota.
O presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, também enfatizou a importância do projeto, que, para ele, pode se estender para toda a sociedade. Paulo Roberto afirmou ter “fortes laços” com a PUC, pois as filhas dele foram batizadas e estudaram na Universidade. O presidente reforçou, ainda, a necessidade de assumir um compromisso com a energia limpa.