O segundo dia da conferência “Planet Under Pressure”, em Londres, abriu com debate sobre o tema Opções e Oportunidades. Bina Agarwal, professora de economia do Instituto do Crescimento Econômico de Delhi, falou sobre a importância do trabalho de comunidades locais, especialmente das mulheres, na construção de uma economia agrária sustentável e na preservação de florestas.
Já Yvo de Boer, secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima, relatou as dificuldades de transformação de economias tradicionais na direção de uma economia sustentável, a chamada economia verde. Entretanto, Boer apontou alguns exemplos de países que vêm desenvolvendo, nos últimos anos, políticas públicas nesse sentido. O economista destacou, principalmente, as experiências recentes da Coréia do Sul e da Noruega.
Encerrando a primeira mesa, Georgina Mace, do Imperial College de Londres, falou sobre a importância da preservação de ecossistemas na contribuição para a redução da pobreza. Ao longo do dia, a questão da promoção de novas oportunidades, fundadas em uma economia sustentável, esteve no centro das plenárias realizadas no auditório principal da conferência. Amanhã, a questão em pauta será os Desafios para o Progresso.
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Opções e oportunidades
- Cooperativas locais
“A valorização do conhecimento e de experiências de comunidades locais pode representar um importante instrumento no redirecionamento da economia clássica para uma economia mais preocupada
com a sustentabilidade, além de contribuir efetivamente para a redução da pobreza.”
- Economia verde
“É muito difícil redirecionar a economia clássica, da maneira como vem sendo operada nos últimos séculos, para uma economia mais preocupada com a questão da sustentabilidade. Com certeza, esse será um debate fundamental durante a Rio+20.”
- Preservação de ecossistemas
“O Brasil tem em sua história experiências importantes neste sentido, como, por exemplo, a valorização dos ‘povos da floresta’, inspirada por Chico Mendes e Marina Silva. Nossa experiência mostrou que é possível fazer com que seringueiros e castanheiros trabalhem cooperando para a preservação da biodiversidade e, também, na valorização dos povos da floresta”.
Plantão - Edição 253