Como sabemos, o Ranking QS (Quacquarelli Symonds) foi criado na Inglaterra no ano de 1990 para avaliar o ensino e pesquisa nas melhores Universidades do mundo. É realizado a cada ano, sendo que em 2013, foram analisadas 300 universidades. Os critérios são: reputação acadêmica (40%), indicador de impacto (quantas vezes o trabalho acadêmico foi citado nos artigos científi cos (20%), razão estudante por docente (20%), reputação junto ao empregador (10%) e internacionalização, discente e docente, (10%). No Ranking geral, o Brasil é líder na América Latina, com 81 Universidades, sendo que 80% destas são instituições de ensino superior públicas. No QS Latin American University Ranking (2013) são citadas as 50 melhores Universidades, sendo 17 destas brasileiras, 14 públicas e 3 privadas (PUC-Rio, PUC-SP e PUC-RS). A PUC-Rio está em 18º lugar, seguida da PUC-SP em 28º e da PUC-RS em 41º. Se olharmos o Ranking QS na perspectiva do Estado do Rio de Janeiro, temos: UFRJ (8º), PUC-Rio (18º ),UERJ (35º ) e UFF (47º), respectivamente. Embora sejamos uma Universidade de porte médio, continuamos mantendo, como no Ranking QS (2012), a nossa liderança, ocupando o 1º lugar dentre as Universidades privadas no Brasil, e 2º lugar no Estado do Rio de Janeiro, incluindo públicas e privadas.
Analisando o Ranking QS das 50 melhores da América Latina, um dado chama a atenção, a saber, a importância das Pontifícias Universidades Católicas para a melhoria do ensino e da pesquisa no continente, frutos de contínuos esforços no investimento de um ensino de qualidade, graduação e pós- -graduação, como também em pesquisa de relevância para a sociedade e o país. No Ranking QS, entre as 50, aparecem 8 Pontifícias Universidades Católicas, 3 no Brasil, 2 no Chile, 1 na Colômbia, 1 na Argentina, 1 no Peru, merecendo destaque a PUC-Chile que ocupa o 2º lugar, atrás da USP que está em 1º lugar. Incluindo as Pontifícias e aquelas que são apenas Universidades Católicas, fi ca evidente a importância da presença da Igreja Católica no ensino superior, como nos recorda o documento Ex Corde Ecclesiae, contribuindo para o diálogo fé e ciência, promovendo a inclusão educacional e colaborando para o desenvolvimento social, científi co e tecnológico dos respectivos países. Mesmo com as difi culdades econômicas, contando mais com recursos de mensalidades e, na maioria das vezes, com poucos recursos públicos, todas elas vêm realizando esforços criativos e inovadores para proporcionar um ensino superior de qualidade e pesquisas em vários campos do conhecimento científi co. No caso da PUC- -Rio, hoje considerada como referência na América Latina e no Brasil, sabemos o quanto signifi ca manter, com recursos de mensalidade, uma graduação e pós-graduação de qualidade, gerando ao longo dos anos um crescimento nas pesquisas, e possibilitando a manutenção do maior sistema de bolsas dentre as Universidades privadas no país. Para chegarmos a este patamar que tanto nos orgulha, abrimos mão de um volume maior de recursos para investimentos, mantemos uma administração austera e um corpo docente pequeno e altamente produtivo, se compararmos com as Universidades públicas onde o corpo docente é bem maior, com recursos mais abundantes.
Finalizando, quero mais uma vez agradecer a todos pela dedicação e esforços, pois estes resultados, que tanto nos honram , são frutos de sucessivas gestões e do trabalho determinado e competente do corpo docente, discente e funcional-administrativo. Vale a pena trabalhar para a melhoria do ensino e da pesquisa na América Latina, no Brasil e no Rio de Janeiro.