PUC-Rio firma parceria com Acnur
14/06/2018 11:44
Paula Ferro

Convênio pretende ampliar o acolhimento para refugiados. Oficialização de acordo faz da Universidade a 20ª instituição de ensino superior a integrar a Cátedra Sérgio Vieira de Mello

Assinatura de convênio entre PUC-Rio e Acnur Foto: Thaiane Vieira

A PUC tornou-se oficialmente a 20ª instituição de Ensino Superior integrante da Cátedra Sérgio Vieira de Mello. A formalização do convênio entre a Universidade e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) foi assinada pelo Reitor, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., pela coordenadora do Instituto de Relações Internacionais, professora Carolina Moulin, e pelos representantes do Acnur Isabel Marquez e Maurizio Giuliano. A cerimônia, realizada na Reitoria, na quarta-feira, 13, também contou com a presença do Vice-Reitor, padre Álvaro Mendonça Pimentel, S.J., dos Decanos do CCS, professor Luiz Roberto da Cunha, e do CTCH, professor Júlio Diniz, e do diretor Executivo da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, Cândido da Ponte Neto.

O Acnur começou a implementar a Cátedra Sérgio Vieira de Melo com as demais universidades e com o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) em 2003, com ideia de promover ações voltadas para a população refugiada. A iniciativa foi batizada em homenagem ao brasileiro Sérgio Vieira de Mello que, durante 34 anos, trabalhou nas Nações Unidas e se dedicou à causa da população refugiada. Ele morreu há 15 anos em um atentado a bomba na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque.

Mesmo antes de formalizar a parceria, a PUC-Rio já desenvolvia atividades ligadas à Cátedra. Para o Reitor, é necessário estar atualizado com os esforços mundiais realizados para auxiliar a população em condição de refúgio. Segundo ele, as ações partem de todos os setores da sociedade e é positivo que a Universidade se alinhe a essa postura.

— Não podemos deixar de estar atentos ao cenário internacional, com todos esses movimentos e essas ações em prol dos refugiados. E vejo que várias universidades estão se mobilizando em torno dessa preocupação. Por isso, é muito bom estarmos reunidos para este momento histórico. A academia pode prestar contribuição em dois sentidos: na reflexão e na motivação e criação de práticas. Não podemos ficar alheios a esse grande desafio de escala global e local.

De acordo com a professora Carolina Moulin, cerca de 150 alunos já estão diretamente envolvidos com a organização. Para ela, a assinatura do convênio representa a consolidação de um trabalho que tem sido desenvolvido por diversas áreas da instituição.

— Temos uma trajetória que se reconhece e se consolida hoje. Isso deriva de um trabalho de vários departamentos, de uma equipe crescente. A ideia é que a Cátedra seja um espaço de solidariedade e fortalecimento da cultura de acolhimento da Universidade - afirmou a professora.

A representante do Acnur Isabel Marquez relembrou a participação da PUC-Rio no começo da Cátedra, quando algumas Universidades e a PUC chegaram a assinar um convênio, que ainda não tinha sido batizado com nome atual. Segundo Isabel, a oficialização da parceria com a Universidade significa a continuidade de trabalhos já existentes.

— A PUC há muitos anos desenvolve trabalhos com refugiados, tanto de extensão, quanto de pesquisa. Portanto, foi muito importante a colaboração no início, e que continua hoje. Isso nos permite fazer uma reflexão para que consigamos incrementar as parcerias para que a PUC fique formalmente vinculada à Cátedra e às outras instituições que a integram. Para nós, é uma continuidade de tudo que já é feito e uma oportunidade para construirmos ainda mais no futuro.

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