No encontro, a missionária Dorothy Stang também foi lembrada

O relato da vida da missionária americana Dorothy Day foi o assunto do encontro realizado nos dias 22 e 23 de outubro, no auditório do Centro Técnico e Científico (CTC). Com o tema Fé, Justiça e Paz: O Testemunho de Dorothy Day, as conferências tiveram a presença dos professores da DePaul University e University of Saint Joseph, William Cavanaugh, Michael Budde, Michael Baxter e Benjamin Peters.

Antes de se tornar missionária e dedicar a vida a ajudar as pessoas mais pobres, Dorothy Day era jornalista e ativista social. Este ano, foi iniciado pela Igreja Católica o processo de investigação para a beatificar a missionária.

Ao abrir o encontro, a Decana do Centro de Tecnologia e Ciências Humanas, professora Maria Clara Bingemer, exaltou a bondade de Dorothy e a visão à frente do seu tempo.

– Ela procurava praticar as obras de misericórdia, mesmo que tivesse que tirar o dela para dar ao outro. Ela via que boa parte do problema social era em decorrência do problema estrutural que havia.

Para o professor William Cavanaugh, da DePaul University de Chicago, Dorothy Day deve ser considerada um exemplo porque não só falava sobre ajudar os pobres, mas vivia isso inteiramente.

O segundo dia de conversas começou com o filme Duas vidas, uma só causa, de Tatiana Polastri e Alexandre Rampazzo. O documentário trata da vida de Dorothy Day e de Dorothy Stang. Religiosa americana, Stang foi assassinada em 2005. Ela se destacou no Brasil pela luta em favor dos trabalhadores da região Transamazônica, no Pará.

Após a exibição, houve um debate com os professores Miguel Pereira e Ney Costa Santos, do Departamento de Comunicação Social.

Para Miguel Pereira, o jornalista tem como função social descobrir os problemas e denunciá-los.

– O papel do jornalista é ver o mundo e mostrar que a realidade não está de acordo com aquilo que deveria ser.

Edição 276