São José de Anchieta foi santo antes de ser. Em sua vida exemplar, dedicada ao outro diferente dele, experimentou métodos educativos novos, piedade profunda, orações cotidianas originais, mediações e encontros de paz. Poeta, teatrólogo, linguista, botânico, artesão – ele fazia o próprio calçado para pisar o chão das selvas brasileiras com elementos da própria natureza – Anchieta, de corpo frágil e saúde precária, tornou-se um gigante espiritual da missão católica no Novo Mundo. Tal grandeza é testemunhada pela própria história e pelas obras que deixou como legado de sua passagem por terras brasileiras. Milagres os fez, sim, em vida. Evocá-lo é comovente e de uma religiosidade sublime.
Este número especial do Jornal de PUC é um pequeno tributo ao santo, agora canonizado pelo Papa Francisco, para o seu dia, no calendário dos Santos da Igreja, 9 de junho. Aqui o leitor vai encontrar um painel de algumas facetas do Apóstolo do Brasil, registros e interpretações de sua vida. Publicamos também pequenos trechos de seus textos, correspondências e poesia.
O Jornal da PUC une-se assim ao coro dos que reconhecem o exemplo de vida santa que José de Anchieta dedicou aos brasileiros e aos que ajudaram a fundar uma nação de profunda religiosidade como a nossa. Seu exemplo de mediador da paz é o caminho que as sociedades contemporâneas mais necessitam.