Projeto de educação secular
30/10/2015 14:46
Aline Ripoli / Foto: Weiler Filho

Professor lança livro que recupera a história da atuação de religiosos da Companhia de Jesus no Rio de Janeiro

Tovar (à esquerda), o Vice-Reitor Comunitário, Augusto Sampaio, e o diretor do Tecgraf, Marcelo Gattass

Lançado a partir de uma parceria entre a Editora PUC- -Rio e o Colégio Santo Inácio, o livro Os jesuítas e o Rio de Janeiro recupera parte da história da Companhia de Jesus. O autor Cesar Tovar, pesquisador e professor de ambas instituições, foi convidado pelo Reitor dos colégios Santo Inácio, no Rio de Janeiro, e Anchieta, em Nova Friburgo, padre Luiz Antônio de Araújo Monnerat, para fazer uma pesquisa sobre a presença dos jesuítas no estado.

Tovar iniciou o estudo sobre a ordem em 2012, a convite da própria Companhia, para a elaboração de um livro sobre o centenário da Igreja do Colégio Santo Inácio, em Botafogo. Durante todo o ano de 2014, o professor levantou dados para a produção deste novo livro.

– Tive como ponto de partida um conjunto prévio de conhecimento construído por pesquisadores que, antes de mim, se empenharam na coleta, organização, interpretação e divulgação de dados.

A obra revela que foi detectado pela missão a proliferação, entre os nativos, do calvinismo, movimento religioso protestante considerado, na época, herege pela ordem. Mas o professor explica que o temor dos missionários surgiu antes mesmo da chegada dos colonos calvinistas, em 1557. Segundo Tovar, há registros da ação missionária dos jesuítas na região do Rio de Janeiro, antes da presença francesa. Provavelmente, na Ilha de Paranapuã, atual Ilha do Governador, onde viviam os índios temiminós.

– Em 1554, os jesuítas fundaram um colégio junto às aldeias de Piratininga. A fixação dos franceses na Baía de Guanabara, a partir de 1555, colocava em risco o projeto catequético dos jesuítas e a soberania portuguesa na região, pois isolava o núcleo colonizador estabelecido ao sul, onde hoje é o Estado de São Paulo.

Tovar ressalta ainda a iportância educacional trazida pelos missionários da Companhia de Jesus.

– A história dos jesuítas dos tempos coloniais teve como um dos principais alicerces o propósito educativo desenvolvido nos vários colégios que mantiveram. Sua expulsão, em 1759, criou uma lacuna na história da educação do Brasil. O retorno ao país no século XIX contribuiu para a retomada desse propósito. No caso do Rio de Janeiro, isso se evidencia pela excelência acadêmica dos colégios Santo Inácio e Anchieta e da PUC-Rio.

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