Sessenta anos de Escola Médica
11/09/2013 10:08
Felipe Marques/Foto: Gabriela Doria




Em comemoração aos 60 anos da Escola de Pós-Graduação em Medicina da PUC-Rio, a Universidade e a Assistência Médica Internacional (Amil) promoveram a Jornada de Excelência Médica 2013, no dia 30 de agosto, no Hotel Windsor Barra, na Barra da Tijuca. O evento reuniu profissionais renomados que debateram questões e avanços em temas importantes da medicina atual, desde patologias biológicas, como infecções, a doenças mentais, como a depressão.

O professor e médico Ivo Pitanguy, o mais renomado cirurgião plástico do Brasil e considerado um dos melhores do mundo, foi homenageado no encerramento da Jornada, por conta de suas contribuições à medicina. Pintanguy, que também faz parte da equipe de professores da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio, considera que é preciso firmeza de espírito para procurar a renovação constante.

– Nada é suficiente, você tem que continuar a pensar que está começando – contou Pitanguy.

O destaque do evento foi a palestra do médico e cientista Miguel Nicolelis, professor titular de Neurobiologia e Engenharia Biomédica e codiretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University. Ele lidera um grupo de pesquisa no campo da fisiologia de órgãos e sistemas. O objetivo do trabalho de Nicolelis é integrar, com o uso de próteses neurais, o cérebro humano com máquinas, de modo a propiciar reabilitação motora a pacientes que sofrem de paralisia.

– O dia de transformar a cadeira de rodas em peça de museu está quase chegando – disse.

A curto prazo, Nicolelis pretende que, na abertura da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, o chute de bola inaugural seja dado por um deficiente físico auxiliado por um esqueleto mecânico de suporte, criado pelo médico, e que ele chama de exoesqueleto. O obstáculo atual da pesquisa é a aplicação prática do estudo que está sendo desenvolvido.

– Toda pesquisa básica, depois que amadurece, deve ser traduzida para aplicações clínicas e esse é o grande obstáculo da maioria das áreas científicas, como a neurociência. Estamos na tradução de todo esse conhecimento em terapias concretas. O desafio é conseguir criar alternativas de benefício clínico muito óbvio a um custo muito baixo. Essa tecnologia é muito cara neste momento – explicou Nicolelis.

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