A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro distribuiu notebooks para alunos de graduação que possuem bolsas e são assistidos pelo Fundo Emergencial de Solidariedade da PUC-Rio (FESP). A ação foi proveniente da campanha “Universitários On-line”, uma parceria entre a Universidade e o Instituto Phi, que arrecadou recursos com a sociedade civil para custear a compra de 129 computadores com o objetivo de garantir a permanência desses estudantes na Instituição. A entrega foi feita durante uma cerimônia nos dias 6 e 7 de novembro, na Sala do Conselho Universitário.
A iniciativa de arrecadar computadores surgiu durante a pandemia do coronavírus, quando as aulas passaram a ser on-line. Os docentes observaram que muitos alunos não tinham acesso ao computador e à internet. Eles decidiram organizar uma campanha interna, junto a doadores externos, e implementaram o projeto de inclusão digital. Para concorrer ao auxílio computador, os estudantes participaram de um processo seletivo, responderam a um questionário, além de assinar um termo de comprovação das suas respostas. Ao todo, nessa primeira fase, foram distribuídos 258 computadores
Depois da primeira campanha, foi a vez de outra iniciativa para os alunos bolsistas.
Felipe Claudino, colaborador da equipe de comunicação do Instituto PHI, ressaltou o objetivo da instituição e do significado de estabelecer parceria com a PUC-Rio.
— O PHI é uma ponte entre as doações e os futuros profissionais em formação. Essa iniciativa é o viés de transformação do Brasil e o reflexo da mudança social que a gente precisa. Essa primeira parceria do PHI foi muito importante, principalmente pela educação. Acreditamos que, no futuro, a gente vá conseguir outras iniciativas para novos programas que incentivem o aprendizado.
Uma pesquisa realizada na Universidade mostrou que os discentes bolsistas fazem parte do percentual de melhor desempenho acadêmico, em 15 dos 24 cursos oferecidos na Instituição. Agora, com o empréstimo dos computadores, os alunos poderão aprimorar os seus métodos de estudo e permanecer com alto rendimento acadêmico.
O empréstimo de 387 notebooks funciona de forma rotativa, à medida que os alunos assistidos por esse projeto vão se formando. Os notebooks retornam para a Vice-Reitoria Comunitária (VRC), para que sejam remanejados para outros estudantes.
Universitários de diversos cursos foram beneficiados na segunda campanha: 4 alunos de Administração, 3 de Arquitetura e Urbanismo, 2 de Ciências Biológicas, 1 de Ciências Sociais, 17 de Design, 16 de Direito, 2 de Estudos de Mídias, 1 Engenharia Mecânica, 3 de História, 4 de Letras, 2 de Neurociências, 2 de Pedagogia, 24 de Psicologia, 5 de Relações Internacionais, 6 de Serviço Social, 13 de Economia, 10 de Engenharia de Produção, e 15 de Informática.
A estudante Lívia Ramos, de 19 anos, do curso de Engenharia da Computação revelou a importância do FESP durante a sua passagem pela graduação.
— Sem o FESP eu não conseguiria ter a experiência que eu tenho aqui na universidade. Desde a alimentação até o auxílio transporte, e agora, com o notebook também. Antes, eu usava um computador emprestado, o meu acesso era limitado e às vezes eu ficava bastante tempo no LAB-GRAD. Acredito que com o computador vai ocorrer uma mudança expressiva no meu aprendizado.
Assim como a Lívia, muitos alunos passam, diariamente, mais tempo do que o estimado na Universidade, para estudarem nos laboratórios de informática, como o LAB-GRAD, onde são disponibilizados computadores, já que não têm outras formas de estudar. Se mais alunos tivessem ferramentas essenciais, a carga horária extra poderia reverter em descanso e mais horas de estudos.
O Vice-Reitor Comunitário, Renato Callado, disse ter ficado emocionado ao fim de mais uma missão da VRC.
— A cada sorriso que eu via nos rostos dos alunos ao receber os computadores, eu ganhava um dia a mais. No final daquela entrega, eu fiquei feliz pelos próximos 100 dias. Proporcionar recursos que garantem a permanência dos estudantes bolsistas na Universidade é o que move a comunidade PUC-Rio, combatendo assim, a evasão acadêmica. A instituição está em constante busca de investimentos, assim mais pessoas poderão se formar e obter o diploma no ensino superior.