Questões sociais, ambientais e políticas da Amazônia são assuntos que serão discutidos durante a 2ª Semana de Estudos Amazônicos (Semea), que começou nesta terça-feira, 24, no auditório do RDC. A abertura do encontro foi feita pelo Reitor da PUC-Rio, padre Josafá de Siqueira S.J., e teve a participação do diretor do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA), professor Luiz Felipe Guanaes, e do representante do Observatório de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (Olma) Felipe Lacerda.
Na palestra Laudato Si e a Amazônia, padre Josafá enfatizou a responsabilidade que as pessoas devem ter para preservar a Amazônia. Ele ressaltou que a escala de grandeza amazônica é determinante para a manutenção do planeta. O Reitor afirmou que a floresta não é apenas um patrimônio ecológico, mas também um patrimônio cultural e antropológico da humanidade.
- A Amazônia é um lugar especial para o planeta e para o futuro. Ela tem a maior bacia hidrográfica do mundo, são 10 milhões de quilômetros quadrados, a maior floresta tropical do mundo, a maior biodiversidade do planeta e a maior concentração de povos indígenas da Terra.
O Reitor relembrou da Campanha da Fraternidade, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos anos de 2007, 2011, 2016 e 2017, que tinham como tema o meio ambiente. Ele afirmou que a Igreja é fundamental no processo de conscientização da sociedade também sobre as questões ambientais.
- Se existem algumas Campanhas da Fraternidade voltadas para o meio ambiente, é sinal de que a Igreja tem prioridade nesse assunto, não é um ponto secundário. E a Encíclica Laudato Si é um coroamento dessa preocupação, ela vai mostrar que a Amazônia é um ponto crucial não só para o Brasil, mas para toda a humanidade.
No documento, Papa Francisco ressalta que a Amazônia constitui um lugar especial no diálogo do meio ambiente na política internacional. O Reitor ratificou a ideia do Pontífice de que contemplar a Amazônia à luz da Encíclica é um desafio para o presente e o futuro de todos os indivíduos “guardiões da criação”, e pontuou alguns desafios no processo de conscientização. Segundo ele, é preciso pensar a Amazônia em escala global, buscar mecanismos de desenvolvimento, valorizar as bases produtivas locais e pensar a Amazônia eticamente.