A Guerra na Ucrânia e a possibilidade de uso de armas nucleares assusta o mundo e provoca debates. Por esse motivo, o Instituto de Relações Internacionais (IRI), da PUC-Rio, e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) convidaram o Diretor de Programas do Escritório de Segurança Nacional e Estudos Internacionais do Laboratório de Los Alamos, o professor Joseph F. Pilat.no dia 15 de abril, no auditório do RDC.
O estoque de armamento nuclear dos Estados Unidos, armazenado no Laboratório de Los Alamos, foi criado durante a Segunda Guerra Mundial para pesquisas do Projeto Manhattan. Desse local saíram as bombas que destruíram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. O local atualmente pertence ao Departamento de Energia dos Estados Unidos e é administrado pela Universidade da Califórnia.
Em 2022, os países se reuniram para revisar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), mas não chegaram a um documento final. Fatores como a Guerra da Ucrânia e conflitos geopolíticos entre OTAN e Rússia foram decisivos para a não revisão do acordo.
O Diretor do CEBRI, Feliciano Guimarães, e a professora do IRI Mônica Herz compuseram a mesa e foram os responsáveis por trazer a visão brasileira sobre o tema. Após a entrada no TNP em 1998 durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o Brasil manteve uma política contrária à proliferação de armas nucleares no mundo.
— O Brasil tem uma posição consistente de defesa de um mundo sem armas nucleares e a nossa Constituição impede qualquer desenvolvimento nessa área. Isso é um consenso bem estabelecido no Brasil — afirmou a professora Mônica Herz.
Com vasta experiência no assunto, o Diretor de Los Alamos, Joseph F. Pilat explicou como os últimos acontecimentos atrapalharam a revisão do TNP.
— A invasão da Ucrânia pela Rússia diminuiu dramaticamente as expectativas da conferência de revisão. A conferência enfrentou outros problemas, como o revisionismo russo em relação ao compartilhamento de tecnologia nuclear dos países da OTAN — disse o professor em relação à França, Inglaterra e Estados Unidos.
A palestra pode ser assistida na íntegra no canal do Youtube do IRI. Outras programações como essa são acessíveis a partir do perfil do Instagram @iripucrio.
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