Diretora do Departamento de Gestão e Engenharia da Informação, da Escola de Gestão - Universidade de Hebei, a professora Yang Xiudan foi a convidada da Aula Inaugural do Instituto Confucius. O tema central girou em torno da indústria do mercado eletrônico chinês, desde a criação às mudanças que sustentam o mercado hoje em dia. De acordo com Yang, o e-commerce chegou a 37.21 trilhões de yuans em 2020, que contabilizou 37% do PIB chinês.
Segundo Yang Xiudan, um movimento decisivo para o começo da história da indústria de lojas virtuais na China foi em 1999, quando os bancos transferiram as contas para o on-line. O China Merchants Bank (CMB) começou um serviço de banco on-line e o Construction Bank (CCB) lançou o pagamento on-line. Nesta mesma época, empresas como Alibaba e Ctrip foram registradas no mundo virtual.
Ela mencionou também que em 2003 o grupo Alibaba, o qual vendia somente de compradores para consumidores, começou a fazer outras lojas on-line. Um exemplo é a Taobao, por exemplo, que já tinha o modelo consumidor para consumidor, modelo de negócios que facilita a transação de produtos ou serviços entre clientes. Depois disto, empresas como Ebay, que seguem esta mesma estrutura, entraram na China.
A estudiosa apresentou, em um gráfico, o crescimento do mercado on-line ao longo do tempo. Nele havia companhias que foram bem-sucedidas e outras, não. Em 2015, houve um momento decisivo para o e-commerce chinês, pois ele começou a passar por uma inovação devido a meios como a Inteligência Artificial e cloud technology. Desde então, a China também começou a ser mais influente na economia internacional.
Depois, a professora explicou o comércio eletrônico a partir do anúncio de redes sociais. Ela trouxe exemplos do processo da criação dos influenciadores digitais: como eles trabalham com as empresas e fabricantes, e como ganham dinheiro.
- Influenciadores de mídia social, especialmente pessoas comuns, crescem e se conectam ao vivo streaming de comércio eletrônico. Produzimos muitas celebridades da web, na China. Por exemplo, Li Jiaqi era uma pessoa comum e agora é um dos influenciadores mais seguidos do país. Milhões de chineses o seguem e compram produtos que ele introduziu. Talvez mais popular do que a maioria dos superstars, ele é um superstar do comércio eletrônico.
A palestrante, no entanto, comentou que o mercado de influencers na China começou a ser controlado pelo governo. Alguns produtos produzidos pelas celebridades digitais não funcionavam maneira correta e não seguiam os protocolos de impostos do país.
Ela também conversou sobre o impacto de delivery na economia e as diferentes empresas que fazem esse trâmite. No dia 18 de junho, foi criado um outro evento parecido com o Black Friday, chamado "618". Em torno de 6.59 bilhões de encomendas foram feitas neste dia em todo o país. Segundo a professora, muitos jovens na China entraram nesta indústria. Yang Xiudan discutiu como o surto da pandemia do coronavírus também reformulou o cenário do varejo da China desde o início de 2020.
- Lar de três dos cinco maiores varejistas eletrônicos do mundo, o país registrou um crescimento anual de 14,8% nas vendas no varejo de comércio eletrônico em meio à pandemia global de coronavírus. Devido às rápidas adoções da Internet em toda a China, hoje, a taxa de adesão às compras on-line atingiu quase 80%. Juntamente ao uso e distribuição cada vez maiores de dispositivos móveis, isto também significa que fazer compras em smartphones ou tablets se tornou uma nova norma para os internautas chineses.
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