Novas regras de convivência para 2022
01/10/2021 14:30
Rafael Serfaty

No encerramento da 29ª SIPAT, a Coordenadora Central de Graduação, professora Daniela Vargas, comenta a volta das aulas presenciais

A Coordenadora Central de Graduação da PUC-Rio, professora Daniela Vargas, encerrou o último da Edição Especial da 29ª SIPAT 2021, no dia 17 de setembro, com a palestra “Protocolos sanitários e as novas regras de convivência na Universidade: direitos e deveres de todos”. Segundo Daniela, o retorno da Universidade às atividades presenciais depende de seguir as regras mínimas de preservação da saúde, como vacinação, uso de máscaras de qualidade, distanciamento social, higienização permanente, menor ocupação dos espaços e ventilação. A PUC-Rio tem a responsabilidade de criar os próprios protocolos.

– Não é uma questão de a gente pegar um protocolo que funciona na Dinamarca, ou que funciona nos Estados Unidos, ou que funciona numa cidade do interior do Brasil, e trazer para um grande centro urbano como o Rio de Janeiro. O desenho dos protocolos sanitários, e principalmente dessas novas regras de convivência, é uma construção coletiva de toda a comunidade e uma responsabilidade de as pessoas estarem dispostas a cumprir e fazer cumprir. Ao preservar a nossa saúde, a gente preserva a saúde dos outros.

Daniela aponta que havia uma meta de, dentro de plataformas muito pouco conhecidas, desenvolver um trabalho de qualidade com tempo de preparação escasso. Segundo ela, correu-se um risco ao permanecer no on-line, mas prevaleceu a responsabilidade da Universidade com a saúde dos funcionários, dos colaboradores, dos alunos e das famílias deles. A coordenadora reforçou a confiança dos estudantes na capacidade dos professores, e afirmou que até um possível desânimo foi levado em conta, visto que alguns poderiam desistir de se matricular ou de se rematricular por não estarem adequados ao formato. Para ela, a PUC-Rio achou o coletivo mais importante do que atender a algumas necessidades individuais.

– Foi feito um projeto de inclusão digital. Num primeiro momento, inclusive, muitos computadores da Universidade e laptops foram cedidos, houve até doações de equipamentos. A gente teve este tipo de solidariedade dentro da própria comunidade.

Professora Daniela Vargas

A expectativa é de ter 60% das salas liberadas em março para viabilizar o retorno. Segundo a coordenadora, as pessoas vão precisar se readaptar a muitas coisas, que vão desde sair de casa a calcular quanto tempo leva para chegar à PUC-Rio, na Gávea. Será preciso naturalizar o comportamento, observou a coordenadora. Também discutiu-se com professores de design sobre alterar o layout das salas e retirar cadeiras que não estão sendo utilizadas. Para a professora, ao entrar numa sala com menos cadeiras e janelas abertas, já é possível ver que o ambiente é distinto, e será preciso se acostumar a ele.

De acordo com Daniela, o ambiente de trabalho será cada vez mais híbrido, com a responsabilidade de a pessoa saber que o fato de ela não poder ir à Universidade não equivale a estar de folga: significa apenas que o aluno tem mais autonomia para gerir o tempo. Haverá uma mudança grande de funções, com menos necessidade de papel. A Universidade se tornou mais digital, apontou.

Daniela acredita que é uma obrigação da PUC-Rio zelar pela saúde de toda a comunidade acadêmica. Para a professora, todos têm responsabilidade de fiscalizar não só a própria saúde como a saúde coletiva. A volta só será possível se todo mundo colaborar, e, mais do que nunca, é preciso mudar.

– Às vezes a gente fala “você não mudou nada” como um elogio. Quer dizer que em dois anos você não mudou nada? A gente tem que querer mudar mesmo, chegar a uma universidade diferente para melhor, valorizar aquilo que a gente aprendeu. Nós vamos ser diferentes, e os alunos vão ser diferentes. Se nós voltarmos iguais, esperando uma Universidade igual àquela que deixamos em 13 de março de 2020, nós vamos nos decepcionar, porque o mundo mudou, nós mudamos, a Universidade mudou, os alunos mudaram, as expectativas em relação à Universidade também mudaram. A gente tem que ter a mente aberta para a mudança e ter esta mudança como algo positivo. Muita coisa veio para ficar.

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