Fernando Ferreira sabia das coisas. Sacodia a poeira sem perder a elegância, o jeito simples. Só um maestro equilibraria com tamanha perícia tenacidade, afeto, sensatez.
O Comunicar, seu querido Comunicar, expressa tal maestria. Nela se inspira desde quando, há mais de três décadas, largava de uma sala no primeiro andar do Kennedy. Aquela salinha antecipava o futuro.
O pioneirismo orquestrado ao lado dos colegas Cesar Romero e do também saudoso Miguel Pereira floresceu com o apoio da Reitoria, das Vice-Reitorias, da Comunidade PUC-Rio. Tornaria-se um marco na Universidade, pela prestação educacional, institucional, social.
Faria História tanto como uma vitrine pulsante do Campus quanto uma incomparável oportunidade de qualificação prática oferecida aos estudantes. Um legado que atravessa os tempos, e do qual todos devemos cuidar agradecidos.
O Comunicar de Fernando Ferreira formaria, como ele havia imaginado, sucessivas gerações de jornalistas e publicitários. Carregam aprendizados perenes. Orgulham-se, sobretudo, da responsabilidade humanitária e da ética ali maturadas.
Essas vivências, preservadas com afinco por alunos(as), professoras(es), funcionárias(os), têm a feição de Fernando. O jornalista, educador, amigo irradiava a sabedoria de quem vê os filhos crescerem e ainda escava o mundo, de quem cativa paraísos miúdos no dia a dia.
Tino de repórter, cabeça boa, senso de justiça em riste, sorriso certeiro, Fernando cultivava o espírito e o sangue dos poetas. Uma alma assim doura tudo à volta. Contagia.
Fernando Ferreira nos lega palavras, olhares, iniciativas que fazem pensar, e renovam a fé na força transformadora da Conunicação. Palavras e exemplos que nos abraçam como um pai abraça uma filha.
Neste abraço caminha o Comunicar. Fiel à vocação comunitária, ao compromisso com a vanguarda, fiel aos inestimáveis ensinamentos de Fernando.