O professor Klaus Wagener morreu de câncer no dia 5 de dezembro. O professor, alemão, veio ao Brasil, em 1971, como parte da missão diplomática alemã que buscava parceiros científicos para o estabelecimento de um acordo bilateral. Na época, ele conheceu o padre Haimberger, então Diretor do Departamento de Química da PUC-Rio, e tornou-se um parceiro no desenvolvimento do Departamento. A partir de 1974, passou a orientar teses de alunos do Departamento. Em 1982, foi aceito como Professor Visitante da PUC e, em 1994, Professor Titular. Na Universidade, estabeleceu o projeto Maricultura em Terra, em 1981, que teve ampla repercussão pelo caráter pioneiro e inovador. Wagener se formou em Física e em Físico-Química na Universidade de Göttingen, na Alemanha. Trabalhou com o grupo de física do Professor Clusius, em Zurique, na Suiça. De volta à Alemanha, assumiu o cargo de pesquisador sênior e depois de chefe do laboratório de Química de Isótopos no Hahn-Meitner Institut, em Berlim. Em 1968, foi diretor do Instituto de Físico Química do Centro de Pesquisas Nucleares (KFA), em Jülich e, em 1969, tornou-se Professor Titular de Biofísica da Universidade Tecnológica de Aachen. Sua atuação profissional incluiu efeitos isotópicos em transporte de íons: mecanismo e aplicação fisiológica, biofísica ambiental, tecnologias marinhas, trabalhos pioneiros relacionados ao efeito estufa, recuperação de urânio a partir da água do mar e desenvolvimento de fotoreatores para o cultivo em massa de algas marinhas visando à produção de biocombustível entre outros produtos.
“Tinha grande criatividade na construção de exemplos do dia a dia para representar os fenômenos físicos e químicos e era um mestre da físico-química, pois havia ele mesmo convivido com grandes nomes desta área”, ressaltou Angela Wagener, Diretora do Departamento de Química.
Edição 265