É comum entrar em uma sala de aula, principalmente de Ensino Fundamental, e encontrar crianças dispersas. Querendo entender esse comportamento, o professor da Lancaster University Dick Allwright criou a Prática Exploratória, uma maneira de professores e alunos desenvolverem um entendimento da vida da sala de aula, enquanto trabalham no processo de aprender e ensinar.
A professora do Departamento de Letras, Maria Isabel Cunha, ressalta que “a Prática Exploratória não é um método, mas sim, uma atitude, você questiona para que serve a prática usada nas aulas”.
No dia 23 de novembro, o Departamento de Letras da PUC-Rio e o Grupo Prática Exploratória do Rio de Janeiro, organizaram, na PUC, o 13° Evento Anual de Prática Exploratória: Inovando e Criando na Sala de Aula. Durante o encontro, foram expostos pôsteres das oficinas produzidas no Departamento de Letras e por alunos do Ensino Fundamental de algumas escolas públicas.
A professora do Departamento de Letras, Inês Miller, que desenvolve a Prática Exploratória há mais de dez anos na PUC, convidou os alunos da disciplina Estágio Supervisionado para apresentar os trabalhos. Cada um escolheu um tema, algo que os incomodava, e desenvolveu um projeto voltado para a Prática Exploratória.
Verônica Ferreira, estudante de licenciatura em Letras monolíngue e cursando a matéria Estágio Supervisionado, apresentou um projeto para ajudar o estudante a desenvolver uma identidade própria na escola. “Os alunos não têm consciência do que é a escola, porque estão ali, não se identificam com o ambiente. Eles não têm ideia da função que eles têm dentro do ambiente escolar”, disse Verônica.
Os jovens do 5° ano da Escola Stella Maris, do Vidigal, Lucas Gomes Nunes Rodrigues Fernandes e Ana Carolina Batista Diniz participam da ONG EDUCARI, que desenvolve a Prática Exploratória com crianças. Eles mostraram um projeto baseado na presença dos pais na sala de aula e na vida pessoal do aluno. Todos os projetos foram apresentados para Dick Allwright, o mentor de toda a prática. O objetivo principal é que esses trabalhos sejam executados realmente e desenvolvidos com os alunos nas salas de aula das escolas.
Edição 265
