Este é um novo mundo. Foi partindo dessa concepção que o diretor da Smart Energy da Agência Nacional da Itália para Novas Tecnologias (Enea), Mauro Annunziato, veio à Universidade apontar caminhos para a sustentabilidade. A palestra, que ocorreu dia 5 de novembro, percorreu temas que envolveram desde a estrutura de uma cidade, com casas inteligentes, mobilidade e iluminação pública; à integração tecnológica, responsável direta pela formação de um sistema urbano mais eficiente.
O modelo das Smart Cities entende a cidade como um aglomerado de redes interligadas, e só é possível ser desenvolvida a partir da articulação entre governantes, comunidades e sociedade civil engajada. Com vasta experiência nesses projetos, Annunziato destacou o trabalho realizado em uma parte da cidade italiana Messina, que atualmente conta com 440 casas inteligentes, equipadas por aparelhos modernos e menos poluentes.
- A estratégia de substituição de tecnologia ou um produto por outro mais eficiente é uma solução rápida, mas limitada. É preciso envolver não só o desenvolvimento tecnológico, mas o sistema como um todo. Hoje, o projeto na cidade de Messina gera cerca de 126 green Jobs (uma espécie de trabalhos sustentáveis) e cerca de 20% da energia é autônoma.
O que ajuda explicar os números expressivos é o que Annunziato chamou de smart behaviour: O equilíbrio dos sistemas permite o acesso integrado de informações geradas pela infraestrutura digital da cidade. É dessa troca entre comunidades, empresas de energia sustentáveis e espaço urbano que submerge, por exemplo, uma estrutura de segurança urbana, capaz de prever a ocorrência de desastres naturais e apagões.
Embora ainda não exista uma cidade totalmente sustentável no mundo, Annunziato afirma que o futuro próximo, com a execução de Smart Cities, anuncia o empoderamento do cidadão, já que é ele quem irá fazer a mudança.