Em prol da natureza
18/06/2019 16:33
Tatiana Abreu

Encerramento da Semana do Meio Ambiente conta com plantio de mudas no campus e premiação de projetos socioambientais

Corais de música, peça de teatro, premiação para os melhores trabalhos dos estudantes da disciplina Ética Socioambiental e Direitos Humanos e uma Jornada Ecológica pelo campus. Estas foram as atividades que marcaram o encerramento da XXV Semana do Meio Ambiente, no dia 6 de junho. Alunos e professores também participaram do plantio de 30 mudas no lugar de três árvores que caíram no mês de abril, dentro da Universidade, após as fortes chuvas de abril.

O coral Alegria, da Rocinha, composto por mulheres, apresentou canções autorais. Em seguida, a peça de teatro Verde à venda, formada por estudantes do curso de Artes Cênicas, trabalhou a questão de comercialização da natureza. Após as apresentações, o coordenador da Cultura Religiosa, padre Marcos Vinício Vieira, explicou a importância da disciplina Ética Socioambiental e Direitos Humanos, que é uma parceria com o Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA), em sintonia com a Encíclica Laudato Si’, que visa criar projetos socioambientais para o campus.

- A disciplina é pioneira no Brasil, e a Cultura Religiosa fica muito feliz de poder fazer parte da história de um campus sustentável e ecologicamente correto. Mais do que isso, há uma dimensão social que é uma preocupação do Papa Francisco.

Coordenador da Cultura Religiosa, padre Marcos Vinício Vieira. Foto: Thaiane Vieira.

A premiação condecorou os três melhores projetos. Em terceiro lugar, ficou o projeto Creche Lúdica e Socioambiental, dos alunos Fernanda Zouein, Laís Gouvêa, Liz Bertholo, Louise Fonseca e Matheus Amado, que propõe uma creche para as alunas e funcionárias da Universidade. Em segundo lugar, o projeto Eixo de Energia, dos estudantes Jaqueline Ferreira e Gabriel Arantes, que propõe a economia de energia a partir de sensores de luz e a climatização das salas de aula com uma temperatura ideal dos aparelhos de ar condicionados.

O projeto vencedor foi o de Alojamento Estudantil Sustentável, dos alunos Adailton Nascimento, Alessandra Marques, Maira Magalhães e Rafael da Silva. O alojamento foi pensado para estudantes de baixa renda que moram longe da Universidade, para possibilitar melhor bem-estar e aproveitamento acadêmico. Uma das idealizadoras do projeto, Maira Magalhães é aluna de Geografia e Meio Ambiente. Ela explicou que os alunos notaram que não existe, em nenhuma universidade brasileira, um alojamento sustentável.

- Planejamos construir no campus da biologia que foi desativado. Os materiais são reutilizáveis, como a utilização de madeira reciclável na construção, fibra vegetal na divisão dos cômodos, tinta vegetal para acabamento, telhado verde com uma horta e captação da água da chuva.

Estudante Maira Magalhães. Foto: Amanda Dutra.

Após a premiação, o Coral Canto da Rua, composto por moradores em situação de rua, apresentou clássicos da música popular brasileira, como Romaria, e músicas autorais. O coral foi inspirado no projeto With One Voice, que surgiu em 2012, no Reino Unido, durante as Olimpíadas de Londres. O grupo faz parte da Pastoral do Povo de Rua, da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Coral Canto da Rua. Foto: Amanda Dutra.

Para encerrar a programação, alunos de diversos cursos se reuniram para uma Jornada Ecológica pelo campus, guiada pelo professor Henrique Rajão, do Departamento de Biologia, e pelo coordenador de projetos ambientais do NIMA, Roosevelt Fidelis. Os participantes puderam vivenciar a biofilia (relação dos animais com a natureza), ao observar as árvores centenárias, o gavião da espécie carijó e os macacos pregos, que são encontrados apenas na Mata Atlântica.

Troca de energia com a mangueira centenária. Foto: Amanda Dutra.

O tour pelo campus possibilitou discussões sobre a comercialização da natureza, poluição e comodismo urbano. Os alunos também tiveram momentos de reflexão na natureza, como o abraço de troca de energia com a Mangueira centenária no IAG e a reflexão sobre o recente caso de despejo de esgoto no Rio Rainha.

A parte mais esperada para os alunos foi o plantio de 30 mudas de árvores nativas da Amazônia. Roosevelt explicou como deveria ser feito e contou com voluntários do NIMA para auxiliar os estudantes na atividade.

Plantio de 30 mudas de árvores nativas da Amazônia. Foto: Amanda Dutra.

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