Walter Benjamin (1892-1940)
Nascido em Berlim, Walter Benjamin foi duplamente perseguido na década de 1930 na Alemanha, pois era comunista e judeu. Após a ascensão do nazismo, buscou exílio na França. Depois de Paris ser invadida pelos nazistas, decidiu planejar outra fuga. Quando estava prestes a ser detido na fronteira franco-espanhola, ele tomou uma cápsula de veneno e morreu. Por ironia do destino, ninguém no grupo foi preso e as pessoas conseguiram chegar à Espanha. Benjamin pensou a ideia da reprodutibilidade técnica da obra de arte com o aparecimento da fotografia e do cinema. Com a foto, há um deslocamento do olho no processo de produção da obra de arte para o dedo da mão. No cinema, há a mesma ideia, o ator sai do teatro para estar em qualquer outra dimensão. Para o professor Leonel Aguiar, Walter Benjamin também é um visionário, pois falou do conceito de concepção óptica e tátil antes da existência do celular. Para ele, o aparecimento do cinema fez com que as massas de trabalhadores conseguissem ter um processo cognitivo através da distração. Ou seja, o processo de ensino e aprendizagem não se dá só pelo grau de rigidez mas também pela diversão e entretenimento.
Theodor Adorno (1903-1969)
Adorno nasceu em Frankfurt am Main, Alemanha, de onde também teve que fugir e morreu em Visp, na Suíça. O pensador inaugurou a teoria crítica da comunicação nas décadas de 1920 e 1930, uma época na qual só se pensava como o produto comunicacional poderia ser melhorado de modo que o público se sentisse mais acolhido. Nesse mesmo período, enquanto nos Estados Unidos há pesquisas administrativas e mercadológicas; na Alemanha, os teóricos tentam desenvolver um modelo de pesquisa voltado para a crítica. De acordo om Aguiar, os quatro doutores que escreveram sobre Adorno relatam que a pesquisa deste pensador pode levar os jovens profissionais de comunicação a definir a que e a quem querem servir com sua inteligência e juventude.
Wilbur Schramm (1907-1987)
Para Schramm, a mensagem que sai do emissor nunca chega da forma esperada ao receptor. Esse fenômeno ocorre porque o destinatário recebe a mensagem e a decodifica de acordo com o seu lugar no mundo, ou seja, de acordo com o grupo de referência (família, igreja, sindicato, grupos de amigos) em que convive e de acordo com o campo de experiência de vida (idade, escolaridade, lugar onde mora, poder aquisitivo). Outro conceito importante é o feedback, em que existe a noção da comunicação circular. É isso que ocorre nas mídias sociais: a mensagem sai, vai ao receptor e, do receptor, volta ao emissor.
Edgar Morin (1921-)
O parisiense Morin foi tenente entre 1942 e 1944, quando lutou nas forças armadas da França contra a invasão da alemã nazista. Em 1946, ele lançou o primeiro livro O Ano Zero da Alemanha, quando era chefe do departamento de propaganda do governo militar francês na Alemanha ocupada após a guerra. Graduado em Direito, História e Geografia, o teórico escreveu seis volumes da obra O Método, no qual ele propõe uma profunda reforma do pensamento pela teoria da complexidade. É um dos mais importantes pensadores da área ainda vivo.
Umberto Eco (1932-2016)
O italiano Umberto Eco é mais conhecido entre os estudantes por causa da nomeação de dois típicos modelos de análise sobre os teóricos de comunicação que dá nome ao livro que escreveu, Apocalípticos e Integrados. Nesta obra, Eco define o primeiro grupo como aqueles que veem os meios de comunicação de massa como uma cultura puramente mercadológica; enquanto o segundo entende que isso não seria um problema, mas um fator de integração cultural. Em 1980, ele lançou o livro O Nome da Rosa, que foi traduzido para mais de 30 línguas e virou filme. Antes de morrer, o escritor ainda fez críticas à internet como o lugar em que “todo idiota” pode reverberar a voz.