Um encontro diferente
23/05/2019 18:18
Juan Pablo Rey e Núbia Trajano

A apresentadora do programa Encontro, jornalista Fátima Bernardes, participa de um bate-papo com alunos da Universidade

Fátima abordou diversos assuntos em visita à PUC-Rio. Foto: Amanda Dutra

A apresentadora Fátima Bernardes participou de uma conversa com estudantes de Comunicação Social na terça-feira, 21. Diante de um auditório lotado, ela falou da trajetória profissional, dos caminhos que percorreu no jornalismo, do futuro da profissão e do atual programa Encontro com Fátima Bernardes, exibido de segunda a sexta-feira, todas as manhãs, na Rede Globo de Televisão.

Formada em comunicação pela UFRJ, a jornalista nunca deixou lado a dança, que pratica desde os 7 anos. Ela, inclusive, trabalhou como bailarina profissional durante a época da faculdade. No jornalismo, Fátima relembrou que começou como freelancer no jornal O Globo, onde ficou até o último período da universidade, e que a primeira cobertura foi de um jogo de futsal para o departamento de produções d'O Globo. 

Apesar de ter ficado 24 anos no universo do jornalismo, no qual circulou por RJ TV, Fantástico, Jornal da Globo, Jornal Hoje e o Jornal Nacional, ela descobriu o universo da hard news por acaso, a partir de um curso de telejornalismo que fez por curiosidade. Fátima revelou que, a princípio, não tinha desejo de ir para a televisão.  

- Não foi uma meta inicial, foi uma consequência. Fui fazer o curso de telejornalismo porque a UFRJ não tinha laboratório de televisão, mas quando conheci, percebi que era um veículo que me daria uma oportunidade de desenvolvimento. Eu gostei do imediatismo e da adrenalina e, após oito meses de produção, já estava apresentando.

Fátima ao lado de Sergio Mota, mediador do encontro. Foto: Amanda Dutra

A partir daí, Fátima migrou pelos telejornais até chegar ao Jornal Nacional, em que ficou de 1998 até dezembro de 2011, algo inédito na carreira da apresentadora, que se considera uma pessoa inquieta. Após cobrir notícias e fatos históricos pelo JN, comentou, a permanência no jornal começou a se tornar inviável. Segundo ela, naquele momento surgiu um questionamento sobre o futuro profissional, que terminou na conclusão de que uma mudança precisava ocorrer o mais rápido possível.

- Comecei a projetar como eu estaria daqui a dez anos, e logo perguntei se estaria tão empolgada quanto estava e conclui que talvez não. Empurrei um pouco mais para frente, porque veio a copa e a eleição presidencial, tudo isso sempre motiva. Foi uma longa negociação, porque felizmente eles não queriam que eu deixasse o jornal. E aí caminhei para esse programa ligado à atualidade, sem jogar fora a bagagem que eu tinha construído.

Auditório atento ao acompanhar o debate. Foto: Amanda Dutra

Depois de concluir que o programa Encontro com Fátima Bernardes seria de entretenimento, surgiu a ideia de reunir anônimos e famosos para discutir assuntos do dia-a-dia, e não somente a carreira de artistas, já que outros programas da emissora faziam isto. Ela ainda acrescentou que a temática seria a conversa e a reunião com essas figuras.

- Eu já via o artista sendo valorizado merecidamente em vários programas, mas eu sentia falta do cidadão que exerce a profissão de ator, eu queria conversar com esse cidadão. A minha imagem era ter assuntos que fossem do âmbito familiar, que as pessoas discutissem no seu núcleo. Ali é que surgem as pautas, os grandes embates, as questões que estão dentro da família e ligadas com a vida atual, com todas as peculiaridades do século XXI.

Fátima acredita que o principal desafio dos futuros comunicadores será transformar a notícia em algo interessante. Para ela, como todos têm acesso à informação, é preciso deixar claro para o público que o conteúdo de qualidade está nas pessoas que estudam e se capacitam, ligadas a instituições sérias que vão apurar os fatos e oferecer o melhor conteúdo.

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