No Centro de Mídia, Jogos já começam segunda-feira
23/06/2016 17:13
Carolina Ernst

Recepção a jornalistas estrangeiros inclui tour e receita de caipirinha, antecipa a coordenadora Adriana Moreira.

Adriana Moreira. Foto: Mariana Salles

Será aberto na próxima segunda-feira, 27 de julho, o Rio Media Center, centro de mídia para amparar os jornalistas do mundo todo designados para cobrir os Jogos Rio 2016, no Pavilhão Olímpico, localizado na Cidade Nova, ao lado da sede do Comitê Organizador Rio 2016. O RMC funcionará 24 horas por dia, até 20 de setembro, com um intervalo entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A antecipação foi pensada para permitir que os jornalistas façam uma imersão na cidade e “entendam o jeito brasileiro”, justificou a jornalista Adriana Moreira, coordenadora de Operações de Imprensa do Rio Media Center, em palestra na PUC-Rio, na sexta feira, dia 17. – Foram organizados press tours para que o jornalista conheça a cidade, seus pontos turísticos, e entenda melhor os estilos de vida cariocas. O Rio Media Center é um espaço para receber e se apresentar – explicou Adriana, que não esconde uma das principais funções das operações de imprensa: desfazer a “concepção contaminada” da mídia internacional quanto à realização do evento no Rio: – O jornalista já chega com uma pauta negativa. Nós estamos 98% prontos, mas a imprensa estrangeira acha que não vamos dar conta. A visita guiada muda essa opinião. Vamos mostrar a cidade e como tratamos as nossas crises. Foi montada ainda uma programação cultural de oficinas e atividades em parceria com a Secretaria Estadual do Turismo: “Por que não mostrar ao jornalista estrangeiro como se faz uma caipirinha? Isso pode ajudar a desconstruir uma possível imagem negativa quanto aos Jogos no Rio”. Adriana ressaltou a importância da articulação da gestão da cidade e parceiros para a realização do projeto: “Os Jogos não se resumem às competições. É como reger uma orquestra. É um evento dentro do megaevento”. O funcionamento estendido vai permitir a atualização permanente de notícias para todas as partes do mundo, com especial atenção à imprensa oriental. No Japão, sede dos próximos Jogos, em 2020, o fuso horário é de 12 horas.

Adriana Moreira. Foto: Mariana Salles

O RMC será um espaço aberto, de estrutura simples, com 130 estações de trabalho e um auditório com capacidade para 300 pessoas, pensado para coletivas, workshops e seminários. “Nosso modelo carioca se assemelha ao montado nos Jogos Olímpicos de Londres”, comparou a jornalista. Organizadores brasileiros acompanharam o London 2012 Media Center, nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, e o Sochi Media Center, nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi em 2014, para observar como se monta um centro de imprensa num evento desse porte. Além do espaço, a localização do Rio Media Center é estratégica quanto ao uso do transporte público: – O jornalista precisa de mobilidade para a cobertura. Saindo do pavilhão pode-se chegar pela malha de transporte público às quatro regiões olímpicas. O Rio Media Center também vai apresentar a trajetória da cidade desde a preparação para a candidatura, passando pelo resultado em outubro de 2009, até o começo dos Jogos. Além disso, foram montadas 14 press áreas espalhadas pela cidade, com estrutura para receber vans e transporte, modelo já testado durante a Copa do Mundo.

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